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quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Poemetos, de Renato Wegner de Souza

Renato Wegner de Souza
E se cantarem a primavera
Após um longo outono
Eu
Já estarei morto.
Melhor é cantar
de novo
e de novo.
Porque primavera
Não vem depois de outono.

                               
Homem não, chora

Hoje vi um homem chorando no banheiro
Me disse que não, argumentou
Primeiro era cisco
Depois que vinha gripado.
Cuspiu na pia e foi embora.
Isso foi bem engraçado!
Homem também chora, mas nunca confessa.
Eu por exemplo,
Não choro.
 

No meio do ambiente tinha um poeta

Desperdiçar
o
papel
escrevendo
uma
palavra
por
linha
é
crime
ambiental?

Renato Wegner, 19,  é estudante de Cinema na UFPel (com o curso trancado), mora atualmente em Pelotas/RS. Nunca publicou nada. Seus poemas são todos frutos de uma alegria e um otimismo mascaro estonteante.

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