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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A História do Inválido

Mark Twain
trad.: Henry Alfred Bugalho

Aparento ter sessenta anos e ser casado, mas estes efeitos devem-se à minha condição e sofrimentos, pois sou solteiro, e tenho apenas quarenta e um anos. Será difícil para você acreditar que eu, que agora não passo duma sombra, era, há pouco menos de dois anos, um homem saudável e vigoroso, um homem de ferro, um verdadeiro atleta! — mesmo assim, esta é a verdade nua e crua. Mas o mais estranho ainda é o modo como perdi minha saúde. Eu a perdi tentando ajudar a tomar conta duma caixa de armas numa viagem ferroviária de duzentas milhas, numa noite de inverno. Esta é a verdade de fato, e eu a contarei pra você.
Sou de Cleveland, Ohio. Numa noite de inverno, dois anos atrás, cheguei em casa logo após anoitecer, em meio a uma violenta nevasca, e a primeira coisa que ouvi quando entrei em casa foi que meu mais caro amigo de infância e colega de escola, John B. Hackett, havia morrido no dia anterior, e que seu último pedido havia sido o desejo que eu levasse seus restos mortais até seu pobre velho pai e mãe em Wisconsin. Eu estava muito estupefato e mortificado, mas não havia tempo a perder com emoções; eu deveria partir imediatamente. Apanhei o cartão, onde estava escrito "Diácono Levi Hackett, Bethlehem, Wisconsin", e me apressei através da uivante nevasca até a estação de trem. Ao chegar lá, encontrei a comprida caixa de pinho branco tal qual me havia sido descrita; preguei o cartão nela com algumas tachinhas, vi-a sendo posta com segurança a bordo no carro expresso e, então, corri para o refeitório para me prover com um sanduíche e alguns charutos. Quando voltei, algum tempo depois, ali fora estava o meu esquife, aparentemente, e um jovenzinho examinando-o, com um cartão em suas mãos, algumas tachinhas e um martelo! Eu estava embasbacado e confuso. Ele começou a pregar seu cartão, então apressei-me para o carro expresso, num estado de mente alterado, para exigir uma explicação. Mas que nada — ali estava minha caixa, tudo em ordem, no carro expresso; ela não havia sido mexida. (O fato é que, sem eu suspeitar, um equívoco prodigioso havia sido feito. Eu estava carregando uma caixa de armas que o rapazinho havia trazido à estação para remetê-la a uma empresa de rifles em Peoria, Illinois, e ele havia ficado com meu cadáver!). Foi então que o condutor berrou "todos a bordo" e eu pulei para dentro do carro expresso e arranjei um assento confortável num amontoado de baldes. O carregador estava ali, forte na lida — um homem comum, na casa dos cinqüenta anos, com uma expressão simples, honesta e bondosa, e de modos leves e com um vigor prático. Assim que o trem se moveu, um estranho saltou para dentro do vagão e deixou um pacote do peculiar queijo Limburger, maturado e com qualidade, num dos cantos do meu esquife — quer dizer, da minha caixa de armas. Ou melhor, agora eu sei que era um queijo Limburger, mas àquela época, eu nunca havia visto o artigo na vida e era, é claro, totalmente ignorante quanto suas características. Bem, avançamos através da noite selvagem, a ferina nevasca continuava enfurecida, bateu-me uma nefasta melancolia, meu peito se apertou, se apertou, se apertou! O velho carregador teceu um ou dois súbitos comentários sobre a nevasca e o clima ártico, bateu com força as portas corrediças, aferrolhou-as, cerrou sua janela e, andou dum lado pro outro, aqui, ali e acolá, ajeitou as coisas, toda a hora cantarolando contente “Sweet By and By”, em baixo tom, murmurando. Depois dum tempo, eu comecei a notar um odor quase maligno e penetrante rompendo o ar gélido. Isto deprimiu meu espírito ainda mais, porque eu o atribui, é claro, a meu pobre finado amigo. Havia algo infinitamente entristecedor em pensar que eu me lembraria dele deste estúpido modo patético, de tal maneira que foi difícil para conter as lágrimas. Além disto, eu me inquietava por conta do velho carregador, temia que ele pudesse perceber o cheiro. Contudo, ele prosseguiu cantarolando tranqüilamente, e não deu nenhum indício; pelo que fiquei agradecido. Agradecido, sim, mas ainda assim desconfortável; e logo comecei a me sentir mais e mais desconfortável, pois a cada minuto que se passava o odor se adensava, e se tornou mais e mais repugnante e difícil de suportar. Após um tempo, tendo ajeitado as coisas a seu contento, o carregador apanhou um pouco de lenha e fez um fogo tremendo em sua fornalha.
Isto me inquietou mais do que posso descrever, pois não pude evitar de sentir que isto era um erro. Eu estava certo de que o efeito seria deletério sobre meu pobre finado amigo. Thompson — o nome do carregador era Thompson, como descobri no decorrer da noite — agora vagava por seu vagão, fechando quaisquer eventuais fendas que ele pudesse encontrar, lembrando que não fazia diferença que tipo de noite estava lá fora, ele pensava estar nos deixando confortáveis, de qualquer maneira. Eu não disse nada, mas acreditava que ele não estava fazendo uma boa escolha. Enquanto isto, ele cantarolava para si como antes; e enquanto isto, também, a fornalha estava ficando mais e mais quente, e o ambiente mais e mais sufocante. Eu comecei a empalidecer e a nausear, mas sofria em silêncio e não disse nada.
Logo notei que o “Sweet By and By" gradualmente se esmoreceu; em seguida, cessou totalmente e que havia uma imobilidade ominosa. Após alguns momentos, Thomson disse:
“Puxa! Eu acho que não foi canela que joguei ali na fornalha!
Ele se engasgou uma ou duas vezes, então se moveu em direção ao esqu— a caixa de armas, estacou diante da parte do queijo Limburger por um momento, então ele voltou e se sentou perto de mim, aparentando estar bastante impressionado. Após uma pausa contemplativa, ele disse, indicando com um gesto a caixa:
— Amigo d’ocê?
— Sim — eu disse, com um suspiro.
— ‘Tá já bem avançado, né!
Nada além disto foi dito por talvez um par de minutos, cada um ocupado com seus próprios pensamentos; então Thompson disse, numa voz baixa e reverente:
— Às vezes, não se tem certeza se eles realmente partiram ou não — parecem ter partido, você sabe — a quentura do corpo, juntas moles — e assim por diante, e mesmo que você ache que eles se foram, você não tem certeza. Eu tive casos em meu vagão. É completamente horrível, porque você não sabe se a qualquer minuto eles não vão se levantar e olhar pra você!
Então, após uma pausa, e erguendo um pouco seu cotovelo em direção à caixa:
— Mas ele não 'tá em nenhum transe! Não, senhor, ponho minha mão no fogo!
Nós nos sentamos por algum tempo, em silêncio meditativo, ouvindo o vento e o ronco do trem; então Thompson disse, com uma boa dose de sentimento:
— Bem, bem, todos nós temos que ir, não tem como fugir disto. O homem que nasceu de mulher tem os dias contados, como dizem as Escrituras. Sim, você pode olhar pra isto do jeito que quiser, é tremendamente solene e curioso: Não tem ninguém que vai escapar; todos vão embora — todo mundo, como se diz. Um dia, você está vigoroso e forte — neste ponto, ele se pôs de pé e quebrou uma janela e esticou o nariz para fora dela por um segundo ou dois, então se sentou de novo, enquanto eu me esforcei para lançar meu nariz para o mesmo lugar, e continuamos fazendo isto vez ou outra — e no dia seguinte, ele foi ceifado como a grama, e os lugares que o conheciam não o conhecem mais, como dizem as Escrituras. É verdade, é tremendamente solene e curioso; mas todos temos de ir, um dia ou outro; não tem como fugir.
Houve outra grande pausa; então:
— Do que ele morreu?
Eu disse que não sabia.
— Há quanto tempo ele morreu?
Pareceu-me sensato aumentar os fatos para encaixá-los nas probabilidades; então, eu disse:
— Dois ou três dias.
Mas isto não surtiu efeito, pois Thompson recebeu-o com um olhar ultrajado e, sem rodeios, disse:
— Dois ou três anos, que você quer dizer.
Então ele prosseguiu, placidamente ignorando meu comentário, e deu vazão a suas opiniões sobre a insensatez em retardar demais sepultamentos. Ele se aproximou languidamente da caixa, parou por um momento, então retornou com um abrupto trote e pagou uma visita à janela quebrada, comentando:
— Teria sido uma baita duma visão melhor, em todos os aspectos, se tivessem despachado ele no verão passado.
Thompson se sentou e escondeu o rosto em seu lenço de seda vermelha, e começou a balançar lentamente o corpo pra frente e pra trás como se estivesse se esforçando o máximo para agüentar o insuportável. A estas horas, a fragrância — se é que se pode chamar aquilo de fragrância — estava sufocante, ou o mais perto que se pode chegar disto. A face de Thomspon estava ficando cinza; eu sabia que não restava cor alguma na minha. Depois, Thompson descansou a fronte em sua mão esquerda, com o cotovelo sobre o joelho, e meio que abanava seu lenço vermelho em direção a caixa com a outra mão, e disse:
— Já carreguei muitos destes — alguns já bastante passados também —, mas, Deus do Céu, este deixa todos os outros no chinelo! — E de longe, capitão, os outros eram como girassóis comparados a ELE!
Este reconhecimento de meu amigo me gratificou, a despeito das tristes circunstâncias, porque isto havia me parecido mais como um elogio.
Era óbvio que algo precisava ser feito logo. Eu sugeri charutos. Thompson pensou que esta era uma boa idéia. Ele disse:
— Provavelmente isto vai amenizar um pouco.
Nós tragamos com expectativa por algum tempo, e tentamos pra valer imaginar que as coisas haviam melhorado. Mas foi inútil. Após muito tempo, e sem qualquer combinação, ambos os charutos silenciosamente caíram de nossos dedos inertes, simultaneamente. Thompson disse, suspirando:
— Não, capitão, isto não amenizou nem um tostão. O fato é que deixou pior, porque parece que atiçou seu poder. O que você acha que é a melhor a gente fazer agora?
Eu não estava apto a sugerir algo; na verdade, eu estava engolido a seco, todo o tempo, e não queria me arriscar a falar. Thompson desatou a resmungar, de maneira errática e mal-humorada, sobre as experiências desagradáveis desta noite; e ele se referia a meu pobre amigo através de vários títulos — alguns militares, outros civis —; e eu notei que com a mesma rapidez que a eficácia do meu pobre amigo crescia, Thompson o promovia de acordo, dando-lhe um título mais elevado. Por fim, ele disse:
— Tive uma idéia. E se a gente fizer um esforço e dar um empurrãozinho no coronel até para o fim do vagão?— uns cinco metros, talvez. Ele não teria tanta influência, então, não acha?
Eu disse que este era um bom plano. Então nós tomamos um belo fôlego de ar fresco na janela quebrada, calculando segurá-lo até perfazermos a tarefa; então fomos até lá, inclinamo-nos sobre aquele queijo mortífero e agarramos a caixa. Thompson indicou com a cabeça “tudo pronto", e nós nos projetamos, com toda nossa força; mas Thompson escorregou e tombou com o nariz no queijo e perdeu o fôlego. Ele tapou a boa e se engasgou, cambaleou e abriu uma fresta na porta, suplicando por ar e disse, arquejando:
— Não me segura! Me dá espaço! Estou morrendo; me dá espaço!
Sentei-me fora, na plataforma fria, e segurei a cabeça dele por um tempo, enquanto ele retornava à consciência. Depois, ele disse:
— Você acha que a gente mexeu o general pra lá?
Não, eu disse, não conseguimos movê-lo.
— Bem, então aquela idéia está fora de cogitação. A gente tem de pensar em outra coisa. Ele está bem onde ele está, eu acho; e se este é o jeito que ele se sente sobre isto, e ele decidiu que não quer ser perturbado, você pode apostar que vai ser do jeito que ele quer. Sim, melhor deixar ele exatamente onde ele está, o tempo que ele quiser ficar; porque ele está com o jogo ganho, sabe, assim, pela lógica, o homem que tentar alterar seus planos sairá perdendo.
Mas nós não poderíamos ficar expostos àquela insana nevasca, pois morreríamos congelados. Então retornamos para dentro e fechamos a porta, e voltamos a sofrer e a nos revesarmos na janela quebrada. Depois dum tempo, enquanto partíamos duma estação onde havíamos parado por uns instantes, Thompson saltou pra dentro, alegre, e exclamou:
— A gente vai ficar bem agora! Acho que apanhamos o comodoro desta vez. Creio que eu consegui a coisa que vai tirar o fedor dele.
Era ácido carbólico. Ele tinha um frasco disto. Ele o borrifou por todo os cantos; na verdade, ele encharcou tudo com isto, a caixa de rifles, o queijo e todo o resto. Então, nós nos sentamos, sentindo-nos bastante esperançosos. Mas não durou muito. Os dois odores começaram a ser misturar e, então, bem, logo tivemos que abrir a porta; e lá fora Thompson limpava seu rosto com o lenço e disse num tom devastado:
— Não tem jeito. Não podemos vencê-lo. Ele simplesmente usa tudo que a gente põe pra amenizar, e põe seu próprio odor e joga de volta na gente. Por que, capitão, não percebe, está cem vezes pior do que quando começou. Eu nunca vi um deles se empolgar tanto em seu trabalho assim, e ter tanto interesse nele. Não, senhor, nunca vi, em todo estes tempos de estrada; e já carreguei muitos deles, como disse pr’ôce.
Voltamos para dentro quando já estávamos duros de frio, mas, misericórdia, não conseguíamos ficar lá dentro. Então, simplesmente passamos a valsear de dentro pra fora, de fora pra dentro, congelando, descongelando, e sufocando, em revezamentos. Em torno de uma hora depois, paramos em outra estação, e, assim que partimos, Thompson veio com uma sacola e disse:
— Capitão, vou arriscar a sorte uma vez mais, apenas esta vez; se a gente não pegar ele agora, a coisa que vai restar pra gente fazer vai ser jogar a toalha e deixar a lona. É isto que proponho.
Ele havia trazido um punhado de penas de galinha, maçãs secas, folhas de tabaco, tapetes, sapatos velhos, enxofre, assafétida, e uma ou outra coisa; e ele empilhou tudo numa lâmina de ferro no meio do chão e tocou fogo.
Quando o fogo já estava bem avançado, eu não consegui imaginar como até mesmo o cadáver conseguiria suportar o cheiro. Tudo havia vindo antes era apenas poesia em comparação àquele cheiro, mas acredite você, o cheiro original continuava tão sublime quanto antes; a verdade é que os outros cheiros pareciam fortalecê-lo; e, meu Deus, quão forte ele era! Eu não fiz estas considerações lá, pois não havia tempo, fi-las na plataforma. E rompendo para a plataforma, Thompson sufocou e caiu; e antes que eu pudesse arrastá-lo, pelo colarinho, eu mesmo quase havia desmaiado. Quando recobramos a consciência, Thompson disse, deprimido:
— Temos de ficar aqui fora, chefia. Temos de ficar. Não tem outro jeito. O governador quer viajar sozinho, e ele está decidido que pode nos vencer.
E depois ele acrescentou:
— E você não sabe, a gente está envenenado. Esta é nossa última viagem, você pode estar certo disto. Por causa disto, a gente vai ter febre tifóide. Já estou sentindo ela vindo, neste exato momento. Sim, senhor, fomos escolhidos, tão certo como o fato de você ter nascido.
Fomos recolhidos da plataforma uma hora depois, congelados e sem sensibilidade, na próxima estação, e sucumbi a uma febre virulenta, e fiquei fora de combate por três semanas. Descobri, então, que eu passei uma noite terrível com uma inofensiva caixa de rifles e um inocente bocado de queijo; mas as novidades vieram tarde demais para me salvar; a imaginação havia feito seu trabalho e minha saúde estava permanentemente abalada; nem Bermuda, nem qualquer outra terra poderia restaurá-la. Esta será minha última viagem; estou a caminho de casa para morrer.

Biografia
Mark Twain é o pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens (1835-1910), primeiro grande escritor do oeste dos Estados Unidos que exerceu grande influência sobre todos os escritores que se esforçaram por "descobrir a América" através de suas paisagens, das peculiaridades de seu povo e de seu folclore.

Clemens passou a infância às margens do rio Mississipi. Perdeu o pai aos 12 anos quando começou a trabalhar para ajudar nas despesas de casa. Foi entregador, escriturário e ajudante. Aos 13 anos tornou-se aprendiz de tipografia, e depois, trabalhando como impressor, viajou por diversos estados. Aprendeu navegação no rio Mississipi tornando-se piloto fluvial. Nessa época começou a escrever textos de humor e adotou o pseudônimo de Mark Twain, termo usado pelos barqueiros, que significa "duas marcas" na verificação da profundidade dos rios.

Depois participou da Guerra Civil, como confederado. Após o conflito, foi para o Oeste (Nevada) onde viveu com seu irmão. Passou a escrever para o jornal da cidade de Virginia. Foi jornalista e conquistou o público com o conto "A célebre rã saltadora do Condado de Calaveras", publicado em 1865. Dois anos depois, Twain visitou a França, a Itália e a Palestina, recolhendo material para o seu livro "The Innocents Abroad" (1869), que estabeleceu a sua reputação de humorista. Twain se casou com Olívia Langdon em 1870 e se fixou em Hartford, Connecticut.

Dois anos mais tarde publicou "Roughing It", e em 1873 "The Gilded Age". Em 1876 saiu a primeira das suas grandes obras, "As aventuras de Tom Sawyer", romance baseado nas experiências da adolescência do autor no rio Mississipi. No livro seguinte, "A Tramp Abroad" (1880) o autor visitou a Europa, regressando com "Vida no Mississipi"(1883). A obra-prima da carreira literária de Twain, "As aventuras de Huckleberry Finn", foi publicada em 1884.

O livro, que parecia só uma obra para jovens, constituía na realidade uma fábula da América que se urbanizava e industrializava enfrentando o sonho de uma vida na liberdade da natureza. "Huck" representava muitas das aspirações da sociedade americana, com as quais o público facilmente se identificou. O romance estabeleceu definitivamente Twain como um dos grandes humoristas da literatura mundial. Outras obras do autor: "O Príncipe e o Mendigo", "Um ianque na corte do rei Artur" (1889), "A tragédia de Pudd'nhead Wilson"(1894) e "Joana D`Arc (1896).

A década de 1890 foi marcada por dificuldades financeiras e nos últimos anos a caricatura burlesca deu lugar a um pessimismo satírico. A dimensão irônica do mundo e em particular do sonho americano revelaram um retrato americano em toda a sua materialidade.

Fonte: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u507.jhtm

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