Volmar Camargo Junior
Colheita
sedutora
de invulgar e
irresistível beleza
planta rara de raizes rotas
que dá frutos que não se dão
que não matam por seu veneno
frutos somente, nenhuma semente
colhe-se só iracunda e vil
joga ao chão os pomos
ignora aos vermes
pobres coitados
a si apodrece e
autodevora[conforma-te]
conforma-te
ei-la, como pediste,
a praia longa e branca
basta de ritos funerários
basta de tormentas marinhas
basta de esperar ser consumido
conforma-te, é o fim da vida no mar
sente, o sol aqui é mesmo o sol
o chão caminha com o vento
e a paisagem, por si, muda
a praia longa e branca
ei-la, como pediste
conforma-teSiesta
deixo
que chegue
tenra e morna
e que seu hálito
tenro dos sonhos
dos sonhos morno
seja o ritmo de hoje
que em meu peito
e meus ombros
e meus braços
desarmônica
acomode-se
durma
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Laboratório Poético: o Soneto Blavino
por Anônimo
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Mais informações sobre o soneto blavino em breve, em Teoria Literária.
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