Fala a teia da vida, a alma do Planeta,
Fala a alma do Nordestino, a cada fala do Frei.
Enquanto fala o olho egoísta, dos papéis investidos
Do lucro rápido e fácio, à cegueira dos malefícios,
A Grande imprensa paga pelos anúncios financistas, pelos dinheiros malditos.
Assim segue Canudos sua sina em plena "Democracia"
Sem que haja, no entanto, Democracia Plena
Em papéis invertidos, quando a vontade do povo,
Nas mãos de "representantes", nunca lhe vira lei.
Sendo sempre o povão quem paga, vaga e pena,
Enquanto a gana de uma minoria se lhe impõe como um rei.
Entre o egoísmo e a coletividade,
O individualismo e a solidariedade,
Quem ganhará a eterna Guerra,
Do bem contra a maldade, do ter mais que o Ser,
Do consumir/exaurir contra o (con)(sobre)viver?
Que fale a voz do povo explorado em Frei Cappio, Beto e Bofff,
Em Sabatella, Comparato, Casaldaliga e Zé Celso,
Reverberando em vozes sem fim
Como reverberaram as vozes de Gandhi, Cristo, Zumbi,
Conselheiro e do grande Martin Luther King.
OBS: Poesia publicada no contexto da greve de fome de Frei Cappio contra a Transposição do Rio São Francisco que segue irrigando ainda mais as terras dos latifundiários e passam à largo do semi-árido do povo pobre e sofrido, filhos, netos e bisnetos do Arraial de Canudos.
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