Receba Samizdat em seu e-mail

Delivered by FeedBurner

terça-feira, 7 de julho de 2015

Bravo!


O tédio de Clarice
o tédio
o tédio a pesar nas pálpebras
a franzir o cenho
e levar o olhar ao longe
atravessando seres
farsas, paredes, composturas
a procura do que não há


Poesia é doença sem cura


A calma na voz de Charles
a calma
a calma mais pura
aquela que não vem do álcool
não vem do ócio ou da loucura
vem da mescla
de profunda tristeza
e inusitada doçura


Há nos melhores
uma mesma marca
invisível marca
a marca de quem resistiu
à vida
à ventura.


Ser poeta é bravura.



Share


Ju Blasina




todo dia 07


0 comentários:

Postar um comentário