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sexta-feira, 9 de abril de 2010

Tempestade

Pelas chuvas que arrasaram Niterói

Apesar do azul do céu,
Você a vê chegando.
Sabe que vai acontecer.
Sente na pele.

É previsível.

Mesmo que o dia pareça ensolarado.
Mesmo que os pássaros cantem.
A tempestade se anuncia.
O vento corre nas árvores.

Você finge que não vê.
Pois não quer.
Quer aproveitar as suas ilusões
Que o dia ainda está bonito.
Que vai ver um belo pôr-do-sol.

Ignora o vento, os trovões...

Até que o nascimento da tempestade lhe surpreende.

E enquanto o céu desaba,
A água escorre pelo seu rosto.

Você...
Estática.
Parada.
Surpresa.
Muda.


Como se não tivesse visto os sinais...

No seu rosto...

Chuva ou lágrimas?

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