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terça-feira, 3 de março de 2015

CORDA DE VIOLINO

De lado como uma corda de violino
um corpo esticado que não se move
Espera de esperança que não se cumprirá
mesmo sentindo a proximidade de outro
Não se mexe, antes se retorce na estranha imobilidade de desejar a intimidade que não chegará a ocorrer
A expectativa do dia aumenta a tensa atividade que ocorre no cérebro mas o respeito torna tudo difícil e fica
espremido entre o fim do colchão 
e a ausente presença que se encontra no meio
É tão fácil cruzar o limite invisível esticar um dedo ouvir a música ambiente ensaiar o passo certeiro trocar gestos e sorrisos 
e até cair na noite com todos 
os companheiros que a vida pode apresentar nos momentos que se quer apenar divagar
Mas mudar de posição, abrir os dedos enrijecidos, aceitar o toque casual,
permitir a aproximação ou violar o espaço do conforto físico é tão terrível para quem é corda de violino

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