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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Simbiose



Não sei como aconteceu...
Quando acordei estava aprisionada
amarrada na cama com o seu cachecol

Em reminiscências veio o jogo da amarelinha
o namorico no escuro
os beijos suculentos em salivas

hoje, minhas veias espumando sangue
sem memórias
vejo-me presa

como estátua caminho pra crucificação
dos libertos
dos fracos
dos oprimidos

Simbiose,
Por que me crucifica tanto?

Não consegue andar sozinha?
E eu com isso?

Caminho no desconforto, aprisionada a ti

Escondo meu rosto, minha vergonha

E em  seu colo adormeço no sono da morte...
The end

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Luiza Silva Oliveira
Advogada, atriz e socióloga, Luiza Silva Oliveira inicia um novo caminho: o da escrita. Seu livro "Afetos transgressores", lançado em novembro deste ano, foi escrito após a perda de seu irmão Arnaldo Silva Oliveira, a quem é o livro é dedicado, in memorian. Dois poemas desse livro já se tornaram música, e outros estão em processo. Além disso, já fazem parte de importantes saraus paulistanos, entre eles, o Sarau dos Inquietos. Três de seus contos foram selecionados entre mais de mil e quinhentos, e por isso, fará parte da coletânea organizada pela Editora Guemanisse, com publicação prevista para janeiro de 2012.
todo dia 11


2 comentários:

Muito intensa essa poesia, Luiza. A simbiose entre dois seres pode ser realmente uma 'via crucis'.
Gostei do final, pois este ato somente poderia resultar em uma espécie de morte.
Parabéns.

Obrigada, querida Adriane pela leitura, fico feliz que tenha gostado, realmente a simbiose é uma prisão, difícil desatar laços simbióticos...um beijo

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