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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Poemas


Tatyanny Nascimento

Pleno Sereno

Saio em Pleno Sereno,
Não disfarço
Enquanto portas se fecham
Portas de vidro, grades de aço.

Vejo pingos sob a chuva
Sou solo de minha geada,
Terra molhada, adubada.

Oh chuva: banha-me plena,
Lava-me, leva-me tarde,
Sou breve, sou parte
Sou do elenco
Magnífica ‘tempestade’

Grito como raios
Vivo como raros
Sou louca?
Tão rouca, de fato!

Oh lágrimas dos céus: Lavai a angústia
Desses mansos que se escondem
Dos que têm medo de si, do bicho, do homem
Que em casa encarcerados...
Vivem a tempestade de tudo que os consomem.



Amor e Paz


Amor recíproco e imponderável,

Ovacionado pelas impossibilidades

E encarcerado no recanto mais puro das angústias.

Amar-te é negar-me à felicidade para dar-te paz.

Fundamental é fazer-te possuir tudo que se faz ausente em mim.

Amamos-nos no desejo do beijo nunca apreciado,

Na troca de olhares nem sequer disfarçados,

Na angústia, no medo de soltar o que parece controlável.

Amar-te-ei ainda que desnecessário.






Tatyanny Nascimento, poetisa potiguar de 19 anos, mora em Nova Parnamirim, região metropolitana da Natal-RN. Publica regularmente no blog Minuciosa Formiga (http://assimdeveraeuser.blogspot.com), e no site Espaço de Escrita (http://www.espacodeescrita.web2logy.com/index.php?option=com_comprofiler&task=userProfile&user=84&Itemid=51).





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