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sexta-feira, 3 de abril de 2009

Poemação

Caio Rudá de Oliveira
I.
O poema é uma maçã

que despenca da árvore,
ao sopro do vento, e
chega, seu único propósito,
ao chão.

II.
Me admira o homem
com sua astúcia
fazer da maçã
objeto não de único objetivo.

A maçã é, pois, um subjeto
que alimenta
que ornamenta
ou que apenas apodrece no
chão.

Ceci n'est pas une pomme - René Magritte


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