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sábado, 15 de fevereiro de 2014

amo (-te)

faltam-me as palavras que escrevesse
verbos, adjectivos
nomes de coisas e de gente


as horas dos meus dias
deslizam sossegadas
lentas
e é ensurdecedor este silêncio
um ruído intenso
um fim de mundo
um precipício sem fundo


eu sem palavras que digam
ao menos um nome

esqueci tudo
nem sequer amo
(-te)

e será por isso

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3 comentários:

Sem saber explicar claramente, mas me tocou de forma intensa. Belo poema. Parabéns.

Maravilha. Poema fantástico, de altíssima qualidade. Parabéns! Lindo!

Amiga, tua prosa me derruba de tão linda, e a tua poesia me inquieta. São, ambas, vozes que denunciam momentos intensos. Na prosa, vidas esfarrapadas que você captura por aí. Nos poemas, silêncios internos que me preocupam como todas as calmarias. Mas tudo, sempre, é belo.

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