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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

NARRADO VAGO DE SIÁ ROMANA


Contado daqui pra baixo...

Vira-Folha. Limpa o sujo. Lupa o riacho.
(verseto-verdade)
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- Me foi de pá nos trancado! Ô bobo!
De tão amáveis são lamentáveis...
Mentira sã não dá raiz.
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Os folclóricos sapatos sem solas do doutor Alcaçuz.
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Farelos de borracha não alpistam passarinhas.
Bimbou a urtiga da pudenda com ugalho de aipim.
Doutoreio quando te sei.
- Ó Piña! Manga mais eu na caponga?!
(Oferendei mi'a língua para o mamá de Siá Piña, mas não deu)
Velou na tunda o fogo a frio.
Tudo é dor! Mas na agromancia respiro seixos de végeto.
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Nariz de vento não se engana.
Não tenho a ti, mas tenho a mim.
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Riscou a giz a mirada do passo...
E passou girandeando o tambor.
Tum-tum... Tum-tum...
Malambo e chá no cavalo da nação...
- Heia-Papó!
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Agora, Jurú, pendura as vistas e deita!
E deita co'a pança no catre
pra cozer sonhos de alvitre.
(N'noite!)
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Autor: M.M.Soriano - m.m.soriano@gmail.com
http://www.oescrevivente.blogspot.com.br
Imagem:  Imagem de http://mantodeoxala.blogspot.com.br/2012/02/alguns-sobrenomes-do-orixa-osanha.html

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