paraliso-me. aprecio o quanto suporto
da esquipática insurgência no exumado líquido salgado. presencio-me e te nego
escorrendo pelo rosto o sumo da equidistância. já se passaram tantos junhos e o
outono sempre me deixa tísico. lúgubre e desprezível. falsídico e indiligente.
blasfemo os dias que lascam o horripilante pesar de não permanecer. na
tentativa de enterrar o que passou acabo me perdoando por ser um lugar de
pouquíssima afetuosidade. irei escoar o farrapo farmacográfico de inlevezas em
que o meu semblante se transformou. raspo-te do epitáfio esperando apagar a
incurabilidade. amanheci improfícuo sobre a carcaça. envelhecido com o cheiro
escandaloso de pecar. não me resvalo. padece-me a vontade de trincar o mármore.
deitar ao seu lado sem a mínima preocupação por deixar saudade. pudesse a minha
sina ser ardilosa. eu ainda não mereço. deixou-me com essa imensa
responsabilidade de dizer ao mundo que fui alimentado no antro do seu cuidado.
quanta covardia. não sirvo para ser o domador da letalidade. não poderei
elucidar seu longínquo amor vago de imensa precisão abrasiva. eu não fui
treinado para resolver a mecânica microcósmica de respirar relentos. tenho
anseios por outras ocupações. flexiono perpetuamente latir do fundo da minha
tristeza. estimular a fissão dos meus complementos. estourar no céu mais
próximo. não é nada fácil ficar com esse rombo no meio do entardecimento.
deixá-la implodir a perspectiva da vida amena. eu vi as estrelas caírem sobre
você. nem Olorum esteve ao meu lado. fui largado pela profundíssima
sensibilidade de encontrar a redenção. tornei-me deserto pela falta do brilho
materno. somente o vazio da perturbação me aprisiona fora das lastimáveis oferendas
da compaixão. o desencadear é sepulcral. erro terrível ter nascido com a pureza
das palavras. imensidade para as coisas ínfimas mundanas. poderia ter aquecido
a desolação das noites perturbadoras. deixou-me com vontade de rasgar o verbo. devanear
preces enlodadas.
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