No dia marcado, foi com
seus colegas de faculdade à grande marcha pela descriminalização da maconha.
É uma escolha pessoal;
não a dele, mas certamente não do Estado. Além disso, tinha lido muito sobre o
assunto: há diversas culturas indígenas que utilizam não só a maconha, e até mesmo a folha da coca, em rituais sagrados, em transes que remontavam a
milênios. E ele sempre se entusiasmou com a sabedoria popular e milenar dos povos pré-colombianos.
Ora, pensou, o
governo poderia taxar a droga, ao torná-la legal. Afinal, não é isso que
vem sendo feito com a indústria tabagista, alimentando o Estado com altos
impostos, às custas da ignorância da população, que consome seus produtos reconhecidamente
tóxicos e mortais?
E foi assim que, no mesmo dia, ao voltar para casa, assinou uma petição pelo banimento da indústria tabagista.
E foi assim que, no mesmo dia, ao voltar para casa, assinou uma petição pelo banimento da indústria tabagista.
3 comentários:
Um exercício indutivo de lógica bem construído em prosa.
Obrigado, Cinthia
Argumentos lógicos que nem sempre conseguem impor-se como sensatos à avaliação dos legisladores.
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