Receba Samizdat em seu e-mail

Delivered by FeedBurner

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Imortais

Foto: Deny Barboza
Sonhei que um poeta havia morrido
E o seu rosto estampava
A capa de alguns jornais
E que um breve poema de sua autoria
Revelava o seu desejo pela morte
Como único norte e nada mais

Sonhei que um poeta havia morrido
E que todo o sentido de sua obra
Erguera-se junto dele
A altura dos imortais
Mas qual será o sentido de ter que morrer
Para ser lido um pouco mais?

Eu ainda prefiro
As trevas do anonimato.

Share


Daniel Moreira
Natural de Caçapava do Sul/RS, reside em Pelotas/RS desde 1996. Em 2009 publicou seu primeiro livro de poesias chamado "Poemas Urbanos". Foi coordenador por onze edições do Projeto Sarau Poético Musical da Bibliotheca Pública Pelotense. Faz parte do núcleo Poesia no Bar, projeto que distribui poemas de autores locais e regionais em marca-textos pelos bares de Pelotas. Mantém o blog poemas-urbanos.blogspot.com onde posta com frequência seus escritos mais recentes.
todo dia 05


6 comentários:

Concordo. Triste país este nosso em que o sujeito vira famoso depois que não pode mais curtir a fama. Eu diria mais: há vida no anonimato.

Perfeito Cinthia! Também penso assim. Um abraço.

Que belo poema Daniel! :) Abraço

Bia Valente


Bom texto. Quem obtiver este marca-página fica a ganhar.
Força para o seu projeto, quase anónimo!

Postar um comentário