Rui, metido a escritor. Preguiça de palavrear.
A história que fique por conta do leitor.
O PM Sá comia palavras, descomia regras.
Abordava só com vil olhar. Levou tapa do cego.
Bia pagou o chaveiro com cheque sem fundos.
Belo dia: não encontrou as joias na gaveta.
Ari entrou para o quartel dos paraquedistas.
Era gago até para rezar. Não viveu para o segundo salto.
Lis e o marido viviam grudados, uma coisa só.
Ela sentiu forte dor no peito e enviuvou na hora.
Brás pegou a mãe transando com o padeiro anão.
Até hoje vive com o pai. Na mesma cela.
O sol raiou nos olhos embotados de Zé.
A insônia foi dormir e ele saiu atrasado para o serviço.
Teo foi para cama com Ruth. Bateu soberba.
Gostou do tigrão, hein, gata? Asma, disse ela.
E Rui teclou: "Fim". Escrever dá trabalho.
Quem quiser que se lixe, que se inspire, que se divirta.
sábado, 20 de abril de 2013
Contos preguiçosos
por José Guilherme Vereza
5 Comentários
5 comentários:
Zé, o melhor de tudo foi ler com um leve sotaque lusitano que ainda trago da visita à filha no Porto. Adorei, especialmente o "que se lixem". Saudadinha da filha já. Bjão. Parabéns!
Bem... Preguiça dessas eu também quero! Dessas que produzem mini textos assim. Gostei de todos, dei risada com o da asma. Sou asmática, daí imaginei a cena...
Obrigado Toninho e Cinthia. Em nome do Rui. Ele tem preguiça de agradecer.
Quem é você, e o que fez com o José Guilherme Vereza e os saborosos e picantes contos dele? :)
Abri o texto, li, curti, e, Fui... Réjo Marpa
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