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quinta-feira, 11 de abril de 2013

Carnificina





E da carne se fez verbo
a carne esponjosa, sobressalente, rompida
de desejos perfurados,
de crateras sensoriais,

No ritual dos desejos, cumprimos ordens,
catalogando o ser sensorial,
envergamos nos espasmos, caindo nas encruzilhadas...
fraturamos areias movediças, entre sevícias e perícias,

Em sucumbências universais, em dívidas de mea culpa,
atravessamos camadas dos sentidos, perfuramos crateras sensoriais, 
criamos robustos seres, escravos...
 
Em estadias  controvertidas,
caímos na perdição dos sentidos,
do limo perdido,
e o mundo se fez em uma só carne,
carne carnificina.

The End

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Luiza Silva Oliveira
Advogada, atriz e socióloga, Luiza Silva Oliveira inicia um novo caminho: o da escrita. Seu livro "Afetos transgressores", lançado em novembro deste ano, foi escrito após a perda de seu irmão Arnaldo Silva Oliveira, a quem é o livro é dedicado, in memorian. Dois poemas desse livro já se tornaram música, e outros estão em processo. Além disso, já fazem parte de importantes saraus paulistanos, entre eles, o Sarau dos Inquietos. Três de seus contos foram selecionados entre mais de mil e quinhentos, e por isso, fará parte da coletânea organizada pela Editora Guemanisse, com publicação prevista para janeiro de 2012.
todo dia 11


2 comentários:

"crateras sensoriais" repete-se. Sim. estão no centro do sensível, mas talvez eu mudasse a primeira para:
"de desejos perfurantes,
de vulcões chamejantes"

Olá, Joaquim!
Muito obrigado pela leitura do poema e pelas observações.
São sempre bem-vindas. A gente sempre aprende com a troca.
Um beijo!

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