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sábado, 7 de dezembro de 2013

Objetivos


Sentada numa cadeira
sem braços quase tombo

e no susto tudo parece tão mais
claro, mesmo
o chão. tão mais duro é não ter
onde se agarrar do que esbarrar
na falta repentina de meios apropriados
para fazê-lo. de longe

todos
membros são
mutáveis, assim
como as funções
que antes os tornavam
(pseudo) indispensáveis

já a substância
matéria-
-prima
do sonhar
em primeira instância
não.

a âncora sem chão
é um navio a naufragar.
da corda do balão ao fio da pipa:
a imensidão do céu instiga
- é preciso poder
parar para querer andar.

ter, além de como, onde
ter, além de meios, fins
a certeza
da existência palpável
de um chão para descansar 

os ossos. o quanto baste

ainda que não agora...
um dia.

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Ju Blasina




todo dia 07