Amor, tempo e poesia
(Encantos e descobertas)
I
Quando vinhas,
o encontro
em Vinhedo.
Descoberta
dos encantos
no arvoredo.
Em um tempo
tão passado:
passaredo.
II
Tu e a cidade:
simbiose
e enredo.
Uma a vencer
a sensação
de medo,
sob o orvalho
da paisagem
– sem segredo.
Já a outra
a abrir-se toda,
desde cedo,
à invasão
dos meus versos,
em folguedo.
III
Passam os anos.
E do destino
sou brinquedo.
Por outras ruas
e paragens
enveredo.
E pelo mundo,
de uma e outra,
só arremedo.
IV
Anjo torto,
decaído,
mas não cedo.
Pois o amor
sobrevive
ao degredo.
Tal qual vinho
de tuas vinhas,
Vinhedo.
4 comentários:
O poema flui melodiosamente, feito uma canção bem gostosa. Muito bom!
Pra mim, Edelson, você é um dos melhores poetas da atualidade. Esse poema é deliciosamente romântico. Amei!
Lírico e belo demais!
Mto obrigado, amigos. Como sempre digo, a leitura generosa de vcs enriquece meu texto. Escrevi esse poema de forma despretensiosa, sobre tema preestabelecido, mas o fiz com prazer. E fico feliz por vcs sentirem algo bom ao lê-lo. Abraços.
Postar um comentário