Resmungando, o detetive entrou no carro.
Era a terceira
vez naquela semana
que estivera muito
perto do assassino.
Mas, por
algum motivo
insondável, ele
sempre conseguia escapar.
Só pensava no quanto
a prisão daquele criminoso
contaria pontos em
sua carreira.
Autor de vários
crimes que
chocaram a cidade em
função da brutalidade
com que
foram cometidos, o bandido mais
uma vez triunfara e fugira a tempo.
Baseava suas investidas
nos filmes
a que assistia em
suas noites
insones. Mas
a polícia americana
era honesta
e bem-equipada, o que não se podia dizer a respeito da realidade com que ele se deparava. Às vezes,
ele sequer
podia contar aos colegas
o rumo que
as suas investigações
vinham tomando, sob o risco de alguém
lhe puxar o tapete e obter,
no seu lugar,
a sonhada promoção.
Sua carreira
na polícia ia de vento
em popa.
Um problema
de saúde, contudo,
o havia tirado de circulação por uns tempos,
e as coisas já
não eram mais
as mesmas por ali.
Se conseguisse resolver o caso
do misterioso assassino em série,
retomaria o prestígio de outrora.
O assassino
voltava para casa,
satisfeito. Sua
última presa
revelara-se mais destemida
do que as anteriores,
conferindo-lhe uma dose extra de adrenalina
ao torturá-la. Uma refinada iguaria.
Tivera de tapar-lhe a boca com fita adesiva, pois a vadia não calava a boca. Em vez de gritar, como
as outras, desafiava-o com perguntas. Tivera de esbofeteá-la. Quem a maldita
pensava que era
para o analisar? Matá-la fora deliciosamente
cruel.
Estudara cada ato do assassino. Chegara mesmo
a traçar o perfil
psicológico do criminoso.
Provavelmente vítima de abuso sexual na
infância. Repressão
intensa por
parte de alguém,
talvez da própria
mãe. Pai
alcoólatra, ou
desconhecido. Baixíssima autoestima. Ainda que
nenhuma das vítimas tivesse sobrevivido,
as torturas que
haviam sofrido ou mesmo
o modo como
foram amarradas sugeria um quase ritual de
humilhação, repleto
de contornos sádicos.
Os dois anos
de psicologia que
cursara haviam servido para alguma coisa,
afinal. Laudos
periciais davam uma estimativa da altura e do peso
do monstro,
como ele
o apelidara.
Após estudar o
padrão adotado pelo
criminoso, fizera uma varredura na área
em que
ele costumava atacar
e estabelecera o tipo de vítima escolhido. Mulheres
bem-sucedidas e assertivas, que ele submetia aos piores
suplícios antes
de as matar sem
lhes dar a mínima chance
de defesa.
Aquela noite seria dedicada à ceifa
de mais uma daquelas meretrizes. Despertavam-lhe o mais
profundo ódio.
Sempre cheias
de si, em
meio a livros
ou relatórios.
Dirigiam. Davam ordens. Lembrando-se da mãe, tomou de um
só gole o uísque caubói que
preparara. Gostava especialmente do modo como as vítimas se tornavam pateticamente infantis quando ficavam apavoradas e sentiam a proximidade
da morte. Ria
ao se lembrar de como
imploravam pela própria
vida. Too late, baby, dizia ele, antes de aplicar o golpe fatal,
degolando-as.
O policial
prosseguira em seus
cálculos, tentando descobrir
o critério utilizado pelo
assassino. O quadro
formava-se aos poucos em sua mente, mas ainda faltavam algumas peças-chave. Embora soubesse o tipo
de mulher escolhido pelo
assassino, como
saber, entretanto,
quem seria a próxima?
Eram inúmeras as possibilidades, considerando-se o tamanho
da cidade, e a aparente
falta de critério
geográfico. A área
em que
ele costumava agir
cobria um raio
enorme, sendo impossível
prever onde
se daria o próximo ataque.
Os colegas, uns medíocres,
riam e tomavam café enquanto
ele passava noites
inteiras em busca
de algo que
levasse a uma pista concreta
e conduzisse à captura do homicida.
Infelizmente, contudo,
sua função
como policial
não lhe
permitia sequer acompanhar
mais de perto
as investigações. Outros
detetives, mais
antigos e influentes, haviam sido
designados para o caso,
de ampla repercussão na mídia, e ele tinha certeza
de que algumas informações
eram propositalmente omitidas – sonegadas
– por eles.
Conseguiria pôr as mãos no
culpado sozinho, sem
que ninguém
soubesse. Então, sim,
seria aclamado como o grande herói, com direito a medalha de mérito
e foto no jornal.
Livraria a cidade
do monstro,
fosse qual fosse o preço
a pagar.
Colocara, em casa,
painéis semelhantes aos que havia na delegacia,
com mapas
da cidade. Numa noite,
descobriu, triunfante, o padrão geográfico
do criminoso. Marcando, em ordem, um a um os locais onde ele havia atacado,
percebeu que eles
formavam uma letra, como
se ele tentasse, conscientemente
ou não,
informar algo
à polícia. Os pontos
no painel formavam um
traço vertical,
que depois
se expandia para a direita,
para, em seguida, fazer um traço horizontal paralelo
ao de cima, formando um desenho semelhante ao da letra
F. Seria realmente uma letra? Em caso afirmativo, o que ela
significaria? A origem de tudo? O próximo local?
Ignorando as ordens expressas de seus
superiores, praticamente abandonou o caso em que vinha
trabalhando, para se dedicar
integralmente a este,
que já
se tornara uma quase obsessão.
Obsessão talvez
fosse também o que
fizesse o assassino perseguir
mais uma naquela noite.
Era metódico
e cuidadoso, e as pistas
voluntariamente deixadas imprimiam sua marca, sua assinatura, não
permitindo que nenhum
oportunista levasse o crédito por mais um de seus crimes perfeitos. Deixava-as para provocar, apesar de saber que a equipe que trabalhava
no caso era
estúpida o bastante
para ignorar pistas poderosas, e até
mesmo destruir
a cena do crime,
como já
ocorrera uma vez. E ele,
de longe, rindo da incompetência
da polícia.
O detetive
sabia que pouco
importava o que a letra
significava. O fato é que haveria mais
uma vítima, e ele
podia prever o quarteirão
em que
ocorreria o crime. Bastava ficar de tocaia, em frente ao prédio de alguém
que se encaixasse no perfil. Uma vítima
em potencial.
Era perfeito.
Dormira a tarde inteira
naquele dia. Tinha
de estar bem acordado, pois sentia que o assassino agiria naquela noite.
Sua ideia fixa,
de algum modo,
aproximara-o do criminoso. Sentia-se cada vez mais próximo dele, como se tivesse, de algum
modo, entrado em
sintonia com ele,
chegando mesmo a compartilhar
de suas sensações.
Não era
como num transe
mediúnico ou algo
do gênero, até
porque nunca
acreditara naquilo que classificava de bobagens, mas podia sentir claramente a mistura
de medo e prazer que invadia a mente
daquele serial killer. Nesses momentos,
parecia adentrar o mar
em dia
de ressaca.
Um pouco
depois do horário
previsto, chegou ao local
onde, segundo
seus cálculos,
ocorreria o próximo crime.
Cantarolava baixinho, antevendo a glória
e os elogios que
receberia ao capturar o assassino,
quando recebeu uma notificação pelo rádio da polícia. O criminoso
agira novamente, a uma quadra dali. Xingava, entre
dentes, enquanto
se dirigia ao local designado.
A cena
com que
se deparou foi uma das piores que já tinha visto em todos os seus anos de profissão. Os detalhes
revelavam a sordidez daquela alma
criminosa, que
se utilizava de inocentes para
se vingar de algo
de dimensões imensuráveis.
À semelhança
das vítimas anteriores,
também esta havia sido brutalmente torturada antes
de ser degolada. A cabeça
pendia sobre o criado-mudo,
virada diretamente
para o espelho
que havia no quarto.
Todas mortas em seus
quartos, friamente
decapitadas, e as cabeças, como troféus,
cuidadosamente arrumadas de forma a mirarem a si mesmas no espelho.
Como não
observara isso antes?
O que exatamente
ele queria lhes
mostrar? Isso
conduzia a um ponto
crucial da investigação:
o assassino sabia que
as vítimas possuíam espelhos
em seus
quartos. Tolice, pensou. Qual a mulher
que não
tem um?
Seus pensamentos foram interrompidos pela
chegada dos policiais
envolvidos na investigação. Ele agora
estava dispensado. Danem-se. Que cheguem sozinhos
aos detalhes que
ele, só
ele, descobrira. A mensagem
era clara,
conduzindo a uma poderosa pista acerca da
mentalidade do monstro. Seu modus
operandi revelava um problema quanto
à autoimagem. Provavelmente tinha algum trauma em relação a espelhos. Talvez
se achasse feio. Ou
quisesse que as mulheres
se vissem, despojadas de seus corpos e atrativos.
Saiu da cena do crime
rapidamente. Assim que
chegou a casa, repassou as anotações que fazia minuciosamente.
Ao contrário do que
imaginava, descobriu o motivo de ter errado de quarteirão:
não era
um F
a letra que
os crimes formavam, mas
um outro
desenho. Dando um
soco na mesa,
teve a estarrecedora certeza de que haveria pelo menos mais duas
vítimas. E logo
agora, que
o Dia dos Namorados
se aproximava. Ele sabia, por experiência
própria, que
essa data era
particularmente difícil
quando se está sozinho.
O telefone
tocou, fazendo-o estremecer. Era
a irmã, convidando-o para jantar
no fim de semana. Eram praticamente estranhos
um ao outro.
Ela, casada
e cheia de filhos.
Ele, um
solteirão convicto, viciado em trabalho. Workaholic,
repetia, sorrindo, achando o termo elegante.
– Estamos
com saudades
de você. Tem certeza
de que não
pode vir? – ela
parecia preocupada.
– Está tudo bem, Luiza. Tenho tido
muito trabalho,
e estarei de plantão no sábado. – mentia livremente,
mas a ideia de passar
o sábado rodeado de crianças
gritando definitivamente não o atraía.
– Tudo bem, então.
Vê se aparece. – pelo
tom, viu que
ela percebera a mentira.
Desligou o telefone,
lembrando-se de Bete. Com ela, sim, tudo poderia ter sido diferente. Somente ela o poderia ter convencido de que
fraldas e mamadeiras
não eram uma maldição.
Mas isso
pertencia ao passado, e ele não era de remoer recordações nem remorsos. E
havia um criminoso
à solta, que
ele tinha
de capturar.
O desenho
que se delineava no painel
parecia brilhar diante
de seus olhos.
Mais duas mulheres
passariam por aquilo.
Avaliou as cópias que
furtivamente fizera dos arquivos da polícia:
todas com nível
superior, exercendo cargos
de poder, solteiras e independentes.
Sem dúvida,
mulheres sozinhas são
vítimas em
potencial. Cabelos
longos, boas roupas.
O monstro
sabia escolher. Não
havia uma que não
merecesse um segundo
olhar. Onde
ele as encontrava? Sem contar
a beleza e o status,
não tinham nada
em comum:
moravam em bairros
diferentes, não
se conheciam nem frequentavam os mesmos lugares.
Tomou alguns drinques
e deitou-se. Novamente a imagem de Bete retornou-lhe à mente.
Queria que ela
estivesse segura. Gostaria que as coisas
tivessem sido diferentes, e ele agora
tivesse um menino
rolando no tapete da sala,
com quem
iria aos jogos de futebol.
Ensinaria bons truques
a ele, brincariam juntos
e seriam uma família de verdade.
Esta podia até ser inteligente, mas não o suficiente para se manter a salvo, riu o assassino. Conseguira entrar
com facilidade
na casa. Ou
ele ficava a cada
dia mais
habilidoso, ou
as tolas não estavam preocupadas com a própria segurança. Ela
acabara de sair do banho,
e seu perfume
se espalhava pela casa.
A mulher
desligou o secador de cabelos. Ouvira um
barulho no andar
de baixo. Ao passar
pela cozinha,
olhou o conjunto de facas,
sentindo um arrepio
percorrer-lhe o corpo ao ver
que faltava uma. Caminhou nas pontas dos pés até o corredor,
até sentir a mão que lhe apertava a garganta,
fazendo-a perder os sentidos.
O policial
chegou à delegacia mais
cedo naquela manhã.
Os jornais anunciavam o último
ataque do criminoso.
Sem entrar em detalhes,
narravam o assassinato ocorrido na véspera. Uma vítima
a cada dois dias. E o Dia
dos Namorados seria amanhã.
Uma nova
ligação da irmã piscava na secretária eletrônica.
Ainda bem que ela não corria perigo.
Não fazia o tipo
do criminoso, um
predador de solteiras autossuficientes.
E a matrona em
que a irmã se tinha
transformado passava longe disso.
Sem tempo
nem vontade
de retornar a ligação,
tomou uma dose dupla
de uísque e dormiu. Teve um sono agitado, repleto
de detalhes confusos sobre os crimes,
e acordou empapado de suor. Prenderia o monstro e
reconquistaria a posição de antes. Sempre fora um profissional brilhante, e só dependia dessa prisão para finalmente recuperar o que lhe haviam usurpado.
O assassino
olhou-se ao espelho. A voz da mãe ainda ecoava em
seus ouvidos.
Fracassado. Incompetente.
Idiota. Devia observar
os primos. Eles,
sim, eram bons.
Depois que
a velha morreu, fez questão
de perder o contato
com aquela corja
de heróis inteligentes
e ricos. Ele
triunfaria, e todos teriam de lhe reconhecer o talento. Ainda
chegaria o dia em
que lhe
beijariam os pés, e ele
os esmagaria, como baratas.
Saberiam o quanto ele
sempre fora
melhor do que
todos eles.
Era um
jogo, quase
uma conquista. Era
matar ou morrer, e morrer só se pode uma vez,
mas matar
trazia um prazer
maior a cada
vez, gerando o vício
em vez
do alívio.
O detetive
sabia que aquela noite
seria decisiva. Faltava apenas uma vítima
para que o circuito se completasse. Teria de passar
na casa da irmã. Um
dos sobrinhos fizera aniversário, e haveria um
daqueles patéticos bolinhos. Não ligava a mínima
para eles, mas a insistência
da irmã o deixava numa situação bastante delicada.
Não era
íntimo o bastante
para dizer a verdade, nem tão distante a ponto de poder ignorar
o convite. Passaria lá,
daria um presente
previsível ao sobrinho mais novo – quantos anos
mesmo ele tinha? – e partiria em busca do criminoso.
Passou um pouco de perfume nas mãos,
e a lembrança de Bete veio, mais forte do que nunca. Ela
adorava aquele perfume.
Por que ela tinha que estragar tudo? Na noite
em que
ia pedi-la em casamento,
ela anunciara que
faria o Doutorado em
outra cidade.
Por quê?
O que fizera de errado dessa vez?
Varreu as lembranças para bem longe, como Bete estava agora.
Não era
uma noite para
recordações. Era tempo
de agir. Era um jogo, e ele e o assassino
estavam em lados
opostos do tabuleiro.
Cruzara a frágil barreira
dos peões, e não
houvera torres, bispos
ou cavalos
capazes de detê-lo. Rainhas
houvera várias, todas sacrificadas ao bel-prazer
do sádico que
as torturava.
Aproximava-se agora do rei-assassino, sabendo que
era xeque-mate ou nada feito. Jogo implacável, o do detetive.
Adentrava o território inimigo em um caminho sem volta. Xeque-mate,
grunhia. Xeque-mate,
urrava.
Elena bateu o portão, e então
percebeu que estava sem
a chave. Será que a havia esquecido em casa?
Levava o cão ao parque
todas as noites, e isso
nunca acontecera. Estava um pouco
assustada com as notícias
do criminoso que
andava pela cidade.
Confortava-se, contudo, com o fato de
os crimes terem ocorrido longe de sua vizinhança. Trazia os longos
cabelos presos
em um
rabo-de-cavalo, que
balançava quando ela
corria com o cachorro.
Deu uma volta no quarteirão,
e acelerou o passo ao ver
o mesmo sujeito
das últimas noites parado na saída do parque.
– Você
me assustou. – disse ela,
ensaiando um sorriso
quando ele
se aproximou.
– É perigoso andar sozinha, moça. Nunca se sabe quem
se pode encontrar.
– Já estou mesmo indo embora. – o sorriso
forçado revelava o pavor
da moça, acentuado pela
frieza do olhar de seu interlocutor.
– Você não vai a lugar algum,
disse ele, agitando o chaveiro dela nas mãos.
Ela começou então
a correr desesperadamente, mas
ele parecia incrivelmente veloz, e rapidamente a alcançou.
– Mãos para cima. Agora!
As vozes
dos policiais, que
num instante o cercaram, não deixavam dúvidas:
o monstro
finalmente havia sido preso.
Elena escaparia. Estava tudo perdido. Mas
como? Não
deixara nenhuma pista. Nem mesmo
planejava atacá-la ali. A chave que ela deixara cair havia sido
um golpe
de sorte. Ela
seria a última. O E estaria completo.
O detetive
parecia atônito. Como
puderam adiantar-se a ele? O mérito era todo seu, nenhum outro policial chegara jamais
tão perto
da mente do criminoso.
Ninguém fora
capaz de salvar
as outras. Só ele
percebera a letra. Só
ele sabia que
Esther, Eliana, Elisa e tantas outras eram as responsáveis
pelos lares
que jamais
seriam construídos. Independentes. Não queriam se casar. Meteu
a mão no bolso,
mas foi interrompido
por um
tiro.
– Eles pegaram o monstro. – ele
chorava. Eu o descobri, eu
segui os seus passos,
mas eles
chegaram antes. – um filete de sangue escorria de sua
boca.
As imagens
começavam a se formar bem
claramente agora.
Elisabete recusando o anel de noivado. Falando do maldito
Doutorado. Um
corpo decapitado no motel,
com a cabeça
de intelectual-independente pendurada em
frente ao espelho.
Nunca mais
pensaria em tese.
Nunca mais
o abandonaria. Anos de internação
em uma instituição
psiquiátrica. Agora
era funcionário
da universidade. Trabalho
inofensivo. Recepcionista
da biblioteca. Quando
dizia que era
um policial
disfarçado, todos riam dele, julgando
tratar-se de uma piada.
Chegara ao outro extremo,
percebendo finalmente aquilo que, no íntimo, sempre
soubera: jamais houvera outro rei. Seu último golpe teria de ser derradeiro. Matar ou morrer? Tanto fazia, agora.
Pôs novamente a mão
no bolso, à procura
do único objeto
capaz de revelar
a verdade. Xeque-mate. O olhar de incredulidade chegou a ser
captado pelo espelho
que trazia no bolso, um segundo antes do disparo.
4 comentários:
Nossa! Muito bom!!!
Xeque-mate, amiga Tatiana: belo e surpreendente conto. Parabens!
Obrigada pela leitura, amigo!
Só li seu comentário agora, Mercia! Muito obrigada!
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