é uma lívida entrega
do meu peito-estanque
a cada mansuetude
que te fecundo ideação
a cada mansuetude
que te fecundo ideação
- nudez dos olhos
enluarando repouso
na fluídica garoa -
enluarando repouso
na fluídica garoa -
o choro sereno
procura remendar
a exaltação desse vício
que te resguarda
em mim
tateio feixes
esculturando o seu rosto
nas cerúleas névoas
dessa crística tormenta
tateio feixes
esculturando o seu rosto
nas cerúleas névoas
dessa crística tormenta
fundida na placidez
talvez seja o meu fim
sagrá-la nas chagas
que me encasularam
sagrá-la nas chagas
que me encasularam
no ocaso
das ausências empedradas
- dissipa-te
das ausências empedradas
- dissipa-te
nos meus cuidados
feito a bruma
resvalando na relva -
feito a bruma
resvalando na relva -
mantenha-se alvorada
quando eu estiver propenso
a devorar salamandras
e lamber a lacuna
amantelada no seio
- irradiá-la elegia
é a cura termal
da libertinagem
incendiária -
aproprio-me
da sua imagem
circunscrita em naufrágios
protegendo-te dos
urros
vingados no declive
- oráculo apostemado -
eu me basto
nos instantes esquecidos
e na triste vala
onde Eros
nos instantes esquecidos
e na triste vala
onde Eros
encarcerou a vertente
procuro-te
no curso inexato
do floreio em foz
desnudado nas lágrimas
- remo em escapismo
e o vínculo resiste
peregrinando acantoado -.[Yung Cheng Lin] |
“Tu nunca vai se curar da doença que eu sou. Eu estarei sempre em tudo que tu escrever.”
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