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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Cio

- pia o zoomorfismo
no tálamo vadio
do óvulo madrugado -

asperge na Lua
a estesia lambuzada
pós-lobotomia

preserva-se na coruja
o cio coeso
do ébrio desabrigo

- longânime fogaréu -

sangra a seco
na opacidade absorta
a redoma das marés

os escaravelhos sublimam
Sodoma e Gomorra
salinizadas em imortalidade

a dor das sereias
hipnotiza a fertilidade
à parte do íntimo

- o coração encarnado
deleita-se no estouro
do espírito análogo -.


(Imagem: Anne Dirkse - Wiki Commons)

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Bruno Bossolan
Nasci em 25 de junho de 1988 e resido em Capivari, interior de SP. Sou Cronista e Redator do Jornal O Semanário. [www.osemanario.com.br] Autor dos Livros: N(ó)stálgico (Poesias, 2011 - Paco Editorial) - Barbáriderna (Poesias, 2012 - Editora Penalux), com participação também em mais de 10 antologias poéticas. Autor da Peça Teatral “Destroços do Martírio” (apresentada no Mapa Cultural de SP na cidade de Porto Feliz – 2008/2009).
todo dia 01


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