se soubesse
que te adorar
é um privilégio da consternação,
encontraria pelas manhãs
seus dedos druídicos
sobre os meus desencarnes
nessa escuridão onde me fiz refúgio,
desapropriei-me das sucessões
para lhe deitar no espúrio
deste-me o temível descontrole,
derramei o assédio
por suas espirais-realezas,
gozei em obsessão
na magoada cornucópia
foi como se na alvura do banimento
o meu corpo desabitasse a botânica
da suas lápides,
desprendesse a intangível
fresta dos sonhos
longevo peregrino em busca de ti,
recôndita cura dos espectros
faça o diabo que quiser com esses mil infernos
derramados no meu oráculo,
exponha-me arreganhado ao júbilo
de se afundar nas vicissitudes
bardo do caos,
cantarolo vazios
pela comoção de seus abutres
quero colher a cruz de Brigid
na serenidade das miudezas exorcizadas,
destroçar essa insaciável inocência
no seu espanto esfarelado
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