Noturno de rua
Vagueio
no silêncio morto
das ruas
mortas.
Entre casas escuras.
Entre vidas escuras.
Entre sentimentos
desmitificados.
O silêncio me invade
(e eu me transformo
numa
dessas ruas).
O silêncio está nos homens.
Somos, todos, ruas
noturnas e desertas.
Edelson Nagues
Do livro Águas de clausura (Editora Scortecci)
2 comentários:
Gostei muito, inclusive da disposição gráfica, Edelson. Coisas que se afastam, como as ruas, como as pessoas. Já o conhecia, mas gostei de reler. Parabéns!
Obrigado, Tati. Pela leitura e pelas palavras sempre generosas. Abraço.
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