Ao som do tema de
“Lost!”,
Coldplay.
Na minha fotografia da realidade
sob o intenso preto e branco de bordas cinzas
nós dançaríamos sem razão
não, não precisamos de bordas
nem de molduras
apenas dançaríamos
nunca precisaríamos de razão
que é a razão?
aquele fogo fátuo queimaria para sempre
não, não usaríamos a linguagem
seríamos mudos
viveríamos uma alegria muda
como se o mundo todo fosse o instante duma
pausa de semibreve
lembra daqueles acordes menores?
aqueles que eu tocava?
ouviríamos apenas eles
mas não choraríamos
não, não precisaríamos mais chorar
e isso não será o fim do mundo
o mundo ainda não começou
nãodireito
nãodesse nosso jeito
sim, isso seria o começo
e eu veria você como a todos aqueles(as) que vi
a todos que amei
e isso não seria o fim dos tempos
o tempo é apenas a contagem do compasso
e naqueles meus acordes o tempo não cabe –
nunca coube
por isso que eu errava
mas o que é errar?
e dançaríamos ao som da música
eu sinto a vibração da musica
eu sinto
você sente?
meu peito está tão feliz e triste...
eu sinto
eu sinto
eu sinto
nessa minha realidade onírica não seriamos um
retrato congelado
e não importa a cor do fundo
ficaríamos lá
perdidos
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