os
irascíveis se cosem na mornidão. seus percalços nos enfiam em solilóquios.
somente a morte nos trivializa pelos escrúpulos. enxertos desagradáveis da
adaptação. o esterco é um futuro a ser amimado no nosso intercâmbio sadista.
não há lugar para as pétalas nesse celeiro de bestas. apodreceremos aos olhos
crus se formos guiados pelas mãos do destino. a verdade sempre nos ardeu em
despedida. vaidade alguma salvou a inocência. deformidade que nos pariu em
modéstia. arrimamos uns nos outros a pretensão narcisista. polir reflexos é o
feitio sanguíneo. não mais zelaremos a vigília pela redenção. os mitos nos
restam como despejos. nossos corpos são jazigos desacatados. ensopados no pus
da incurabilidade. estamos perdidos na frouxidão. promessa alguma aliviará a
velharia. nossa arcada será concebida por maníacos. rochas amontoadas por
balbucios. o veneno do acasalamento nos bradou em indignidade. província
gangrenada no centrismo da desatenção. estirpe
desprovida de aconchegos. a percepção nos descortina em passividade. saquear a
vazies não é mais uma bonança. o gesto heroico da desistência nos instituiu.
pestes insones em pálida polidez. o escarcéu nos aterrou na saliva. nossa ânsia
é inominável. átomo
genocida das ambições.
[Imagem: The Occult Explosion (1973)]
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