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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Poemas, de Renato Wegner de Souza

Por que dos versos?
Porque nos meus poemas
Se poetisa apenas
Quem não é poesia.
Como o próprio poeta:
Bobo, burro e pateta.

***

Hai-Kai do condicionamento
Amar é bom, odiar é ruim
Ter paz é bom, lutar é ruim
Grana é bom, comunismo é ruim

***

Ah, não é ela!

É ela! é ela! meu amor, minh'alma,
A Laura, a Beatriz que o céu revela...
É ela! é ela!. - murmurei tremendo,
E o eco ao longe suspirou - é ela!
(Álvares de Azevedo)


Me sorriu com doçura...
mas aqueles dentes
Não eram dela!

Seu cabelo ao vento...
porém aqueles fios
Não eram dela!

O rebolar das nádegas...
que pena! elas também
Não eram dela!

Os seis durinhos e grandes...
meudeus!!
Não eram dela!

Ah, mas quando olhei em seus olhos
Pensei que poderia conquistar sua alma.
Enganei-me!
Porque a alma
Não estava nela.

***

Renato Wegner de Souza nasceu em Curitiba-PR, morou em várias cidades do sul do Brasil e atualmente reside em Pelotas-RS. Para ele não existe nada além da poesia. Seus versos são carregados de otimismo mascarado e sua criação é um processo picaresco.

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