Por que dos versos?
Porque nos meus poemas
Se poetisa apenas
Quem não é poesia.
Como o próprio poeta:
Bobo, burro e pateta.
***
Hai-Kai do condicionamento
Amar é bom, odiar é ruim
Ter paz é bom, lutar é ruim
Grana é bom, comunismo é ruim
***
Ah, não é ela!
É ela! é ela! meu amor, minh'alma,
A Laura, a Beatriz que o céu revela...
É ela! é ela!. - murmurei tremendo,
E o eco ao longe suspirou - é ela!
(Álvares de Azevedo)
Me sorriu com doçura...
mas aqueles dentes
Não eram dela!
Seu cabelo ao vento...
porém aqueles fios
Não eram dela!
O rebolar das nádegas...
que pena! elas também
Não eram dela!
Os seis durinhos e grandes...
meudeus!!
Não eram dela!
Ah, mas quando olhei em seus olhos
Pensei que poderia conquistar sua alma.
Enganei-me!
Porque a alma
Não estava nela.
***
Renato Wegner de Souza nasceu em Curitiba-PR, morou em várias cidades do sul do Brasil e atualmente reside em Pelotas-RS. Para ele não existe nada além da poesia. Seus versos são carregados de otimismo mascarado e sua criação é um processo picaresco.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Poemas, de Renato Wegner de Souza
por Henry Bugalho
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