Marcelo Duarte nasceu em São Paulo no dia 31 de Outubro de 1964.
É formado em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo em 1985.
Carreira jornalística:
Revista PLACAR
1984 a 1988
Estagiário, repórter, repórter especial, editor, editor especial e redator-chefe
Revista PLAYBOY
1989 e 1990
Redator-chefe
Revista VEJA SÃO PAULO
1991 a 1994
Editor
Revista PLACAR
1995 a 1998
Diretor de redação
Foi o criador da revista AÇÃO GAMES e colaborou em diversas revistas, como Próxima Viagem, Sexy e Set.
Desenvolveu projetos de jogos para a Grow:
Tira-Teima
Trailer
Zôo Lógico da Mônica
O Guia dos Curiosos
Capricho 1 e 2
Corinthians - História e Glória
Master Junior
Perfil 3
Carreira empresarial:
Em setembro de 1999, Marcelo Duarte criou a Panda Books, especializada em livros de referência. A Panda tem uma série de livros editados. No início de 2002, a Panda Books criou um novo selo de livros motivacionais, a Editora Original. O catálogo de ambas está disponível no site www.pandabooks.com.br.
Um mundo de curiosidades:
Marcelo Duarte apresenta o programa "Você é Curioso?" todos os sábados, das 10h às 11h30 na Rádio Bandeirantes, de São Paulo (AM 840 e FM 90,9). De segunda a sexta, ele comanda o "Fanáticos por Futebol", transmitido das 22h às 22h30. Os programas podem ser ouvidos também pela internet (www.radiobandeirantes.com.br).
Também aos sábados, Marcelo Duarte assina a página "Curiocidade" no Jornal da Tarde, de São Paulo.
Na TV, Marcelo Duarte apresenta o programa "Loucos por Futebol" na ESPN Brasil ao lado de Paulo Vinícius Coelho, Celso Unzelte e Roberto Porto. Ele é veiculado sábado sim, sábado não. Reprises: segunda, 20h.
Marcelo Duarte apresenta também o "TV Curioso" no portal IG (www.megaplayer.com.br).
SAMIZDAT – Como funciona a pesquisa para um livro como "O Guia dos Curiosos"? Tais informações podem ser encontradas apenas em livros, ou você teve de recorrer a outras fontes, como internet, fontes orais, jornais, etc? E qual será o próximo “Guia”?
MARCELO – Quando lancei o primeiro “O Guia dos Curiosos”, em 1995, ninguém sonhava ainda com a internet. Pesquisei em livros, arquivos de jornais e revistas, e fiz muitas entrevistas. Hoje em dia, a internet e, principalmente, o e-mail me ajudam a encontrar as fontes mais facilmente. Acabei de lançar o oitavo livro da coleção, “O Guia das Curiosas”, em parceria com a jornalista Inês de Castro. Nem deu tempo de pensar ainda no próximo. Este ano, acho que irei lançar apenas dois infantis.
Você tem uma equipe de apoio, como os dicionaristas, para escrever os guias? Ou o trabalho hercúleo (e os louros) são só para você?
MARCELO – Sim, hoje conto com uma equipe de apoio nos trabalhos que faço no site (www.guiadoscuriosos.com.br), na rádio (Bandeirantes AM) e no jornal (Jornal da Tarde). Para os livros, prefiro cuidar dos textos sozinho. Já dividi a autoria algumas vezes. Fiz o “O Guia dos Curiosos – Sexo”, com o doutor Jairo Bouer, e o “O Guia das Curiosas”, com a Inês. Nem é questão de ficar com os louros. É uma questão de ordem prática mesmo. Prefiro escrever sozinho em casa, à noite, quando o telefone não toca mais.
Restringir a linha editorial da Panda Books a livros de referência foi uma decisão empresarial, tendo em vista que não-ficção costuma vender mais do que ficção, ou houve influência de algum outro fator? Existe a possibilidade de, no futuro, a Panda Books expandir seu catálogo para outras áreas?
MARCELO – A Panda já lançou livros de humor, de culinária, de ficção, de crônicas. Não há restrição de linha editorial. O que temos é uma vocação maior para livros de referência. Está no DNA da editora e eu acho que é isso que fazemos melhor.
Qual foi a motivação para você abrir sua própria editora? Em que momento você sentiu a necessidade de passar de autor a editor?
MARCELO – Eu tinha três ou quatro projetos de livros que foram recusados por outras editoras. Eu acreditava muito neles e queria lançá-los. Foi por isso que resolvi virar editor. Os projetos deram certo! Tanto que, este ano, a Panda completa 10 anos e deve alcançar a marca de 300 títulos.
Você foi editor da ”Vejinha” entre 91 e 94. O que você viu, leu, escreveu, editou ou quer se esquecer desse tempo que, se ainda não é, poderia ser assunto para um romance?
MARCELO – Esquecer do meu tempo de “Vejinha”? Jamais! Foi uma experiência incrível. Conheço a Cidade de São Paulo como poucos! Foi nos tempos de Vejinha que criei o projeto dos “Endereços Curiosos”. Escrevi o guia “1075 Endereços Curiosos de São Paulo”, um sucesso estrondoso, e que serviu de inspiração para outros 13 autores que escreveram guias de cidades, como Nova York, Paris, Londres, Barcelona, Amsterdam, Salvador, Porto Alegre, Buenos Aires.
Depois de ter trabalhado em tantas revistas, voltadas para públicos tão diversos, para quem você escreve hoje? Quem é o seu "leitor ideal"?
MARCELO – Gosto de escrever para a família. Gosto de escrever algo que será divertido para o garoto de 7 anos, a menina de 13 anos, a mãe, o pai e a avó. O que mais gosto é misturar a diversão com o conhecimento.
É mais difícil manter-se como editor de livros ou de periódicos? Dá para viver disso?
MARCELO – Como tudo na vida, se você acerta, sim. Mas o mercado é muito cruel. Você precisa acertar mais do que errar.
Há uma frase sobre a Panda Books que diz: “Nosso grande desafio é lançar livros que contribuam para a formação de seres humanos mais felizes e conscientes”. O livro da Bruna Surfistinha não foi antes uma concessão ao mercado?
MARCELO – “O Doce Veneno do Escorpião”, da Bruna Surfistinha, deve ser o nosso livro que mais se encaixa nessa definição. Quem não leu pensa que é um livro sobre sexo. Não é. O que está ali é a história de uma menina, que estudava num colégio classe A e acabou se prostituindo durante 3 anos por causa de uma série de fatores que atingem muitos adolescentes hoje em dia. É um livro que os pais deveriam incentivar os filhos adolescentes a ler. Tanto que outras editoras lançaram outros livros com “confissões de garotas de programa”, na cola da Bruna Surfistinha, e não tiveram o mesmo sucesso.
Como você classificaria as informações de seus guias, sobretudo as que servem exclusivamente para sanar curiosidades do leitor? Podem ser chamadas de cultura geral, arte, ou o quê?
MARCELO – Cultura geral, sim. Mas algumas podem ser enquadradas simplesmente como “cultura inútil”. Como eu disse, a graça é misturar a diversão com o conhecimento. Assim, as pessoas vão aprendendo sem perceber.
Baseado em sua experiência como jornalista e editor, você conseguiria traçar um perfil do leitor brasileiro? Quais temas o atrai? O que ele procura quando adquire um livro?
MARCELO – Se eu soubesse isso, jamais contaria numa entrevista. Lançaria os livros e ficaria rico. Infelizmente, não existe uma fórmula. Dizem que auto-ajuda vende mais. Mas nem todos os livros de auto-ajuda vendem bem.
Em tempos onde se encontra praticamente tudo sobre praticamente tudo na internet, continua grande a procura por seus guias? E as novas tecnologias de edição, como os livros digitais ou a impressão sob demanda, representam, atualmente, alguma ameaça ao mercado editorial?
MARCELO – A tecnologia vai mudar o formato dos livros, sim. Mas os autores continuarão existindo. Não vejo ameaça. Acho até que haverá um aumento de demanda. O que vai mudar é o controle sobre os direitos autorais na internet. Do contrário, a produção cultural deixará de existir.
Por estar nos dois lados da relação escritor-editor, você poderia nos dizer qual é o erro mais comum cometido pelos aspirantes a escritores na tentativa de se inserirem no mercado?
MARCELO – Confiar demais na opinião – nem sempre imparcial – do pai, da mãe e dos amigos.
Ficamos muito agradecidos por sua participação, Marcelo, e te desejamos muito sucesso!
Coordenação da entrevista:
Carlos Alberto Barros
Perguntas:
Henry Alfred Bugalho
Joaquim Bispo
Maristela Deves
Volmar Camargo Junior
2 comentários:
Beleza. Adorei conhecer a publicação que é ótima e vou indicar nas minhas páginas.
Abração
www.luizalbertomachado.com.br
Olá, Luiz Alberto!
Muito obrigado pela visita.
Em nome de toda a equipe da SAMIZDAT, afirmo que ficamos muito contentes por ter gostado de nossa publicação e agradecemos todo o apoio.
Grande abraço!
Carlos
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