mefistofélico
grunhindo azedumes
antes que o silêncio
escorie-me com a força motriz
- minuciosa entrega
do infausto praguejar -
na impetuosa imortalidade
beijo o sol que me cega
persigno o desespero
num eclipse insulado
de hipnotizar dilaceramentos
esperando a trepidação cessar
incendeio os negros murais
dos remotos nervos
entrelaçados na expectativa
- amórfico colapso
fixando-me servo
da sublimação porejada -
os enganos imemoriais
corroem-me na condensação
do alegórico sussurro
empedrado pelos filos
esboçando
malograda curvatura
cultivo as pústulas
no jardim
das misérias esgarçadas
- a colisão ecoa dentro -
uma
cruz
fincada
nos ombros
embosca-me
no pasmoso instante
o banimento
desse corpo todo fodido
incide-me
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