Novamente ela estava ali, de frente para aquele que desde sempre havia sido o seu grande confidente. Desde as inocentes brincadeiras na água, típicas dos verões de sua infância, sua vida sempre estivera, de algum modo, ligada à magia que emanava das águas do mar.
Um pouco mais velha, descobrira ser ele um imenso tapete azul, capaz de transportá-la de forma mágica a lugares de sonho. Mesmo quando viajar era apenas uma ilusão, o mar representava todas as viagens que faria um dia, e o bordado de ondas que desfilavam em harmonia enfeitava seus sonhos de menina.
Já adulta, suas viagens eram preferencialmente marítimas, pois acreditava que só assim o passeio tinha início desde a partida, enquanto os demais meios de locomoção pareciam apenas necessários à chegada ao destino, mas desprovidos de qualquer encantamento.
Não poderia mesmo ser em outro lugar. Tendo a urna em suas mãos, respirou fundo e entrou no mar, o suficiente para que as ondas brincassem de lamber seus dedos. Muitas foram as vezes em que a mãe a trouxera àquela mesma praia. Àquele mesmo mar. Ela agora retribuiria o presente.
A urna seguia, mar adentro, como um daqueles barquinhos ofertados no Réveillon. A mãe partia, em sua última viagem, no elemento que mais amara em vida. E a filha sabia que sempre poderia voltar àquela praia, olhar a linha do horizonte e encontrar o belo iate em que a urna simbolicamente se transformara. O mar as uniria, do útero ao infinito, como um passaporte molhado para as terras por visitar.
Um pouco mais velha, descobrira ser ele um imenso tapete azul, capaz de transportá-la de forma mágica a lugares de sonho. Mesmo quando viajar era apenas uma ilusão, o mar representava todas as viagens que faria um dia, e o bordado de ondas que desfilavam em harmonia enfeitava seus sonhos de menina.
Já adulta, suas viagens eram preferencialmente marítimas, pois acreditava que só assim o passeio tinha início desde a partida, enquanto os demais meios de locomoção pareciam apenas necessários à chegada ao destino, mas desprovidos de qualquer encantamento.
Não poderia mesmo ser em outro lugar. Tendo a urna em suas mãos, respirou fundo e entrou no mar, o suficiente para que as ondas brincassem de lamber seus dedos. Muitas foram as vezes em que a mãe a trouxera àquela mesma praia. Àquele mesmo mar. Ela agora retribuiria o presente.
A urna seguia, mar adentro, como um daqueles barquinhos ofertados no Réveillon. A mãe partia, em sua última viagem, no elemento que mais amara em vida. E a filha sabia que sempre poderia voltar àquela praia, olhar a linha do horizonte e encontrar o belo iate em que a urna simbolicamente se transformara. O mar as uniria, do útero ao infinito, como um passaporte molhado para as terras por visitar.
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