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domingo, 27 de dezembro de 2015

Colcha de Retalhos #16

Seguem alguns breves textos da coluna Colcha de Retalhos, homônima do livro que está disponível gratuitamente AQUI: MERCADO ILÓGICO Antes de espatifar-se ao chão, já era novamente um milionário ESPLENDOR A sala era divida em 4 blocos, que, por sua vez, eram divididos em 4 cubículos. Apenas...





sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

O burro e a vaca

Era uma manhã cheia de sol. Uma vaca pastava muito tranquila no prado. Embora ninguém a visse sorrir, estava feliz por saborear as tenras folhas do trevo e as flores e as vagens do tremoço. De repente, a serena manhã da vaca foi agitada por um coelho que passou junto dela, tão veloz como todos...





quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

SÉRIE: TROVAS PREMIADAS (III)

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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Fera ferida

Esbarrou sem querer quando tentava chegar até a pia para lavar a xícara suja de café com leite e poft, veio ao chão com água quente e tudo a jarra elétrica da redação, comprada com a vaquinha dos funcionários no último Natal. O tombo quebrou a alça e rachou a base do suporte, deu perda total. Roberta ficou arrasada. Que uma jarra elétrica não era nada, podia repor o treco na primeira ida ao Chuí, mas derrubar aquilo daquela maneira não era descuido e sim...





segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Mondrique

Durante a execução do seu número, Mondrique mal se permitia disfarçar a tensão. Ela estava lá, a congestionar-lhe as feições, perturbando sua performance no picadeiro. Havia errado um truque, mas o respeitável público daquela cidade interiorana perdida no mapa brasileiro parecia alheio à apresentação...





domingo, 20 de dezembro de 2015

GESTO

Esta crônica bem poderia se chamar “ O Verdadeiro Espírito de Natal”. Ou “Amigo é Pra Essas Coisas”. Ou “O Amigo Não Oculto”. Nada disso. Tudo clichê e piegas. Muito aquém do conteúdo da história. Preferi intitulá-la “Gesto. ” Mas antes fui no Houaiss. Gesto: movimento do corpo, principalmente das mãos, dos braços e da cabeça. Mímica, aceno, sinal. “Com um simples gesto, expressou pensamento e sentimento. ” Era isso. Agora vamos à prosa. Sempre gostei de...





sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Uma história, apenas uma história

        Senta, fica em silêncio. Não vale rir nem fazer gozação. Vou contar uma história que aconteceu comigo.         Eu era pequena, devia ter nem três anos. Tinha ido a um pequeno mercado do bairro onde morávamos e estava acompanhando três gerações...





quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Dois poemas de Juliana Meira

avó Iza tinha mãos magrinhas e gesticulava entre o nada e a sala enquanto acarinhava os netos xingava em voz baixa as vozes que só ela alcançava menina ainda mamãe me deu aquela trágica palavra esquisita e s q u i z o f r e n i a . tento pintar a memória revisito traços jogo tanta tinta fora sustento ideias que estão só na minha fundo cor de gelo faço cor de pérola talvez mais carvão vou tingir...





quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Não bato

Eu podia sair e andar alguns passos à direita ou à esquerda e bater em algumas portas e encarar alguns rostos surpresos e abrir a boca e contar que hoje lá em casa não tem migalha. Eu podia falar da fome que queima. Da insônia. Da náusea. E da ironia dessa náusea que brota da falta. Falar da outra...





segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

em memória

Três metros e quarenta centímetros foi o que tu mediste. Palmo a palmo, que tu sabias que eram vinte centímetros certinhos, desde o início do pulso até ao finalzinho do teu dedo médio. Tinhas medido no Natal passado, num brincar com os teus sobrinhos. Trezentos e quarenta centímetros sem luz...





INSÔNIA

                      INSÔNIA  Cecília Maria De Luca Estou deitada. Já se faz tarde e pressinto mais uma noite insone. O lexotan flerta comigo, mas hoje não. Preciso de uma ideia, umazinha só. Uma palavra... Nada, as horas passam, a...





quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O Fotógrafo, A Biografia de um Bebê e Patriotismo

O fotógrafo Sua câmera fotográfica roubava as almas das pessoas. Nas paredes de casa, os retratos gemiam e suplicavam por liberdade. A Biografia de um bebê Dormia. Comia. Chorava. Cagava. Às vezes, sorria. Patriotismo Era um sujeito muito patriota. Preferiu abandonar o país para não ter de...





quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Existência

Quando percebo, já estou arfando. Puxo o ar com força para os pulmões à medida que tento controlar o ritmo do batimento cardíaco. As mãos úmidas e uma leve vertigem acabam de dar as boas-vindas para uma nova crise de ansiedade. No início, eram esporádicas; agora, uma ou duas vezes ao dia. ...





segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Presente

Queria aquele presente que não cabe em embalagens aquele que não se desejava trocar ainda que não servisse perfeitamente a nenhum de nós queria aquele presente das fotografias de filme e papel queria aquele presente que dispensava pacote e fita ou enfeites quaisquer por ser ele lindo, tão lindo por si só aquele presente recebido cheio de sorrisos e agradecimentos feitos com a pele com abraços trocados com força e carinho queria aquele presente que...





quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Destinos

Morar em bairro violento é assim: você tá chegando em casa vindo da escola e de repente um carro para ao teu lado, uma porta abre e um peso é jogado no chão, quase em cima de você: buf. Você vê que é um corpo, seu coração para no peito por alguns segundos (enquanto você reza pra não ser ninguém...





quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

VATICÍNIO

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