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segunda-feira, 29 de julho de 2013

SAMIZDAT 37 - A Poesia Latino-Americana

Samizdat 37 - A Poesia Latino-Americana by Henry Alfred Bugalho Por que Samizdat?, Henry Alfred Bugalho ENTREVISTA Mainak Dhar, o autor indiano que se tornou um dos mais vendidos da Amazon RECOMENDAÇÕES DE LEITURA Há Sombras no Circo, Edweine Loureiro AUTOR EM LÍNGUA PORTUGUESA Poemas de Mário...





domingo, 28 de julho de 2013

Cinco contas de um colar

Vivo de juntar contas que vou catando vida afora. E as vou enfileirando feito fossem um colar. Desfio, hoje, cinco dessas contas. A primeira conta envolve um primo, José Divino, acometido de paralisia logo ao nascer – perdeu os movimentos da cintura para baixo. Para esse primo, que já se encantou,...





sábado, 27 de julho de 2013

Viajante

Trago nas mãos um mapa de cento e sete cidades - fundidas em uma metrópole Na mochila, coleções de tantos rostos e nomes - que nunca, nunca se completam No bolso de trás, um livro com todas as histórias - que ninguém vai escrever E, por fim, embrulhadas em jornal, conservas de momentos preciosos -...





sexta-feira, 26 de julho de 2013

Assalto

Mariana passeava pelas ruelas estreitas do bairro velho, à procura de puxadores antigos. Adorava o bairro velho! Sentia nas paredes descoradas as histórias de tantas almas que por ali tinham passado. As janelas com cortinas de renda, as portas entreabertas que deixavam ver as íngremes escadas de madeira por ali acima, as velhotas eternamente vestidas de preto, tudo aquilo a encantava. Atendeu a chamada do telemóvel quando este tocou – o amigo saudou-a, disse...





quinta-feira, 25 de julho de 2013

XXXI – A resolução de voltar à América do Sul e o encontro com o astrónomo turco

Joaquim Bispo [A deambulação sofrida e desencantada das personagens da obra “Cândido” de Voltaire por várias partes do mundo termina no capítulo XXX em Constantinopla, onde o grupo se resigna a viver da agricultura sob o lema: Devemos cultivar nosso jardim. Trabalhemos sem filosofar – é a única...





quarta-feira, 24 de julho de 2013

MINICONTOS DE UM CONCURSO – PARTE II

Amigos, dando prosseguimento à edição do mês passado, apresento mais dois minicontos que participaram do I Concurso de Minicontos Autores S/A – um certame que teve mais de 747 participantes inscritos e eliminações semanais, e no qual tive a felicidade de obter a quinta posição. Ao longo do concurso, assinei os minicontos sob o pseudônimo Juliano Monterroso. Espero que gostem da leitura. Saudações literárias. Edweine Loureiro  * DESPEDIDA Sobre...





terça-feira, 23 de julho de 2013

Uma Gestão Hospitalar de Outro Mundo

Em minha última viagem à Sodot ed Lisarb fiquei doente e fui obrigado a buscar auxílio médico em um dos hospitais da rede pública desse mundo. Graças a essa minha indisposição, pude observar melhor como são organizados os processos, procedimentos e até a estratégia por trás do cotidiano em uma de suas emergências. Resolvi ficar alguns dias a mais para pesquisar e preparar esta matéria especial para vocês. O ambiente: Design alinhado a estratégia  Os...





segunda-feira, 22 de julho de 2013

Sulfite e Cartolina

Era uma vez um castelo de papelão, habitado por uma corte de lego, rei vermelho, rainha azul, súditos de peças de três pinos e seis encaixes, cercado por um povoado de tampinhas de garrafa, pobres moradores de plástico e metal. Na torre mais alta do castelo vivia confinada uma princesa de papel sulfite, que olhava a vastidão do reino através de uma pequena janela recortada com tesoura sem ponta e envidraçada com celofane amarelo. De vez em quando uma ama de...





domingo, 21 de julho de 2013

1970 - A Copa que eu não vi.

Será possível alguém sentir saudades daquilo que não vivenciou? Por mais estranho que pareça, eu sinto, pois sempre me lembro com nostalgia da Copa do Mundo que, com meros quatro anos de idade,  eu não vi.  Ele foi disputada  no México, 1970, quando onze homens vestiram a camisa amarela...





sábado, 20 de julho de 2013

UM TAPA NO TAPETE

                                                             José Guilherme Vereza e Antonio Engelke Primeiro foram as luzes. Depois as mãos e os pés, simultaneamente. Marita gostava de ser rainha. Súditos acariciando seus dedos longos e bem feitos, seus calcanhares macios, sua cútis bem tratada, seus ombros...





sexta-feira, 19 de julho de 2013

Ora, bolinhas...

Vermelha, vermelha, droga, verde. Amarela, azul, azul, azul! Vermelha de novo, já são três, e lá vem mais uma. Rápido, rápido, ali, lá, vermelho, verde, azul claro, azul escuro, verde, verde, vermelho, verde! Ai, ai, naquele canto, vai terminar, ufa, outra azul, essa foi por pouco... Amarela, lá, ai, tá vindo muito rápido... Verde, isso, outra verde, lá... Não, não, não! Isso não vale, agora que eu ia bater meu recorde! Bom, só mais uma, só mais essa...Ih,...





quinta-feira, 18 de julho de 2013

EM BUSCA DA MEMÓRIA PERDIDA

Otávio Martins      Todos olhavam para ele consternados; abraçavam-no, sem mesmo dizer qualquer palavra, apenas para confortá-lo e para que se sentisse amparado naquele momento tão grave e delicado da sua existência.    Ele não tinha o olhar triste; perdido, sim, transcendia a figura da mulher que estava sendo velada e que, agora, nos últimos momentos daquele ritual, era chegada a hora de fechar o caixão, o qual, logo a seguir,...





quarta-feira, 17 de julho de 2013

A abelha enjoa

A abelha enjoa com o próprio mel. Lanço-me à estrada....





terça-feira, 16 de julho de 2013

Último clarão

Cerro os olhos para enxergar melhor a memória. Talvez por isso este aroma de saudade que minhas narinas engolem e expelem, libertando a cada vez uma brisa diferente de lembranças. Meus ouvidos estão escancarados como portas e neles rodopiam melodias que eu não sabia que ainda estavam lá. As mãos...





segunda-feira, 15 de julho de 2013

Visita da minha avó Violante

Eu que fui gerada depois da rádio, vi a televisão dar os primeiros passos, e uso com relativa desenvoltura este colosso da moderna comunicação que é a internet. Eu recebi a visita da minha avó Violante. Podia ter sido assim, mas não foi. Eu apenas imagino.   Se não fosse minha avó Violante...