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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Revista SAMIZDAT - Parcerias

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

SAMIZDAT 32

SAMIZDAT 32 Por que Samizdat?, Henry Alfred Bugalho RECOMENDAÇÃO DE LEITURA Em Nome do Filho, Edelson Nagues HUMOR Breve Dissertação sobre o Palavrão, Joaquim Bispo CONTOS O Moedor de Café, Henry Alfred Bugalho Criança Prodígio, Thiago Jefferson dos Santos Galdino Filho da Pátria Sem Mãe, Marcelo Soriano Vez em quando, Cinthia Kriemler Relicário, Tatiana Alves A deusa da chuva, José Guilherme Vereza O Catavento...





domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cantai a vida que a morte é muda

Cantai a alegria do Sol e a ternura da Lua e, quando nem o Sol nem a Lua se mostram, cantai as nuvens pesadas que nos fazem companhia.Cantai as folhas do Outono e as flores da Primavera, cantai o riso da alegria e as lágrimas do desgosto; cantai o andar pesado do vagabundo e o gesto solto da bailarina, cantai o picar da vespa e o voo da andorinha.Cantai a água fresca da nascente no Verão, cantai o fumo da lareira do Inverno, cantai a bebedeira...





sábado, 25 de fevereiro de 2012

Quotidiano Fantástico – A Carta Anónima

Joaquim BispoUma destas manhãs, ao levantar-se, Henry deparou com a seguinte mensagem, junto à porta, escrita com palavras recortadas de jornais e coladas num pedaço de papel:/ anjinhos / milhões / visitaram / chefe / bicicleta / fatias /Incompreensível como parecia, não lhe atribuiu grande importância....





quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O cão late

O cão late, late e late;late porque o dono chega, porque está feliz,e ele apanha.Late para pedir comida, porque sente fomee ele apanhalate para assustar o ladrãoe ele apanhaUm dia ele aprende,que não deve mais latir,não fica feliz,não pede comida,não assusta o ladrão.Um diao cãoesquece queele foi cão.E então o dono bateporque o cãonão la...





terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Aventuras de um Folião Fracassado

Peço perdão pelas apressadas linhas, mas os primeiros acordes das marchinhas carnavalescas já chegam a minha sala e tenho pouco tempo para buscar o meu exílio voluntário. Sou um folião fracassado, confesso. Não consigo me imaginar no meio da Banda de Ipanema, vestido de árabe ou pirata, latinha de cerveja...





segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Cinzas

Quando o último bumbo bumbou e o repenique parou de repenicar, Batista levantou-se da beira da calçada, lépido e esguio como se nada tivesse acontecido. Caminhou firme pela rua, desviando de bêbados, latas de cerveja e poças de restos de chuva e urina. Tomou o rumo da ladeira sinuosa, quando foi recebido por paralelepípedos mal calçados. Seus pés ardiam. Suas pernas formigavam. O sol já dava sinais de inclemência. Suores brotavam do seu rosto, desciam pela...





domingo, 19 de fevereiro de 2012

Pelo direito de ler livros infanto-juvenis

Sempre fui rata de biblioteca, devorando livros como outros devoram balas ou chocolates (ok, também sempre adorei devorar balas e chocolates, mas isso é só um detalhe). Amo boas histórias, independentemente de elas serem consideradas clássicas ou não, de serem reconhecidas pela crítica ou não. Sou daquelas pessoas que, nas livrarias, gostam de explorar as prateleiras, lendo orelhas e contracapas, para só depois de muito tempo decidir o que vai levar - e normalmente...





sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

TOQUES

deviam ser sempre leves os toques asa de borboleta papel de seda recortado bolhas de sabão leves e semi-transparentes translúcidos em tons pastel suaves e mansos espuma na areia deviam ser ternos e calmos e longos e quentes e doces e tantos... deviam vir musicados os toques dedilhado em síncopas vago pi...





quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A matriarca irlandesa

Um irlandês católico não enterra seus parentes aos domingos. Herança das tradições gaélicas que nenhum dos O’Malley ousaria contrariar, nem mesmo agora que a matriarca tinha exalado o seu último suspiro. A seanmháthair mór, ou bisa, como acabaram por chamá-la seus descendentes, tinha morrido, aos...





terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

novíssimas de Bentinho Casmurro escrevendo ao filho

Maria de Fátima Itaguaí, 2 de Janeiro de 1885 Ezequiel São seis horas. Escureceu há pouco. Lá muito ao longe, ladra um cão. O mais, é o tic-tac de um relógio e o meu respirar que, desde há tanto, chia como dobradiça a pedir óleo. Tenho o papel desta carta suado sob a mão e no entanto estamos no pino do Inverno.  Escrevo-lhe Ezequiel, para lhe dizer das minhas demandas, do derradeiro modo que encontro para aquietar o meu desassossego....





Comsentimento

Praia das Maçãs, José Malhoa O poeta estava certo. Se o poema nasce do espanto,eis por que não posso lhe escrever:porque nada tem de surpreendente o meu que...





segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Poemas: Transbordado

Poemas, por Wellington Souza.. Um dos conceitos que não nos ensinam (ou que, pelo menos, não 'pregam') é o de saciedade. Aquela gostosa seria suficiente por uma noite e depois não existiria depois. Queremos até transbordar e depois não queremos mais e depois queremos mais. "Ah! Bruta flor do...





domingo, 12 de fevereiro de 2012

Curtas (Mariana Valle)

Pé-de-meia? (Mariana Valle) Vamos fazer um pé-de-meia? Você pede meia dose e eu me dou inteira, overdose. Porque amar pela metade é dose! Melodia (Mariana Valle) Você vem com a letra e eu com a melodia e assim fica melhor o nosso dia. Mulher não é boneca inflável, é boneca amável, mas espeta ela pra ver se ela não explode... (Mariana Val...





sábado, 11 de fevereiro de 2012

Renascimento

Não, agora não!!! Não, esse momento me pertence! O clarão se anuncia, minha pele se reverbera, minhas vísceras... Não, agora não! Deixa-me sacramentar o criar, o respirar, o sentir meu desejo, a carícia que me acaricia. Não, agora não! Eu preciso hoje orar, cantar, amar, gritar o meu nome Não, agora...





sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Tantos livros... para quê?

(Foto: http://www.flickr.com/photos/flashmaggie/4406456383/) Os livros me acompanharam durante toda a minha vida. Comprei sozinho meu primeiro livro quando tinha seis anos de idade, inclusive, na feira de livro da minha escola, menti que era pobre para ganhar 50% de desconto. Toda a minha infância...





quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

hoje matei um menino

passavam das seis da tarde o dia seguia sem dar por nós o telefone não tocou o menino veio eu sabia o que queria ele sabia o que queria alimentei-o com um caldo ralo pão e sonhos olhamo-nos cúmplices nos queríamos livres eu dele ele das tardes sujas de barro vermelho sorriu pôs debaixo do braço o caderninho com espiões e vilões desenhados limpou o nariz nas mangas da blusa não correu não correria nem se eu mandasse tomou nas suas mãos gordinhas...





terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Onde quer que seja

Por Ju Blasina Little ballerina, by David Handley O tempo me chega pelos ouvidos e me pega pela mão como se eu fosse uma criança perdida numa casa vazia não fossem os móveis pouco a pouco descobertos de seus panos quentes brancos para que (?) novamente possam ser (re) cobertos daquilo que...





segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Aos perdedores, as cascas

(por Ramon Barbosa Franco) Dedicado a Machado de Assis Joaquim sentou na varanda e solicitou calmamente para o mordomo uma banana. Descansou numa cadeira. Era tanta informação girando em sua mente que mal conseguia respirar. Retirou um dos sapatos que apertava-lhe os pés e reviveu a sensação...





domingo, 5 de fevereiro de 2012

Ausência

foto: Juliana Charnaud Um vôo noturnoTeus olhos de saturnoCirculam meu espaço Boca de lua crescenteSorrindo um pouco da genteSem pedir licença InocênciaMeu inferno é o céuO frio do inverno num pedaço de papel Um poema... Tua ausên...





No lado de fora

foto: Raul Garré Peixes no aquário Mundo sem reflexoO tempo do não espelhoMáscaras perigosas demais Cápsulas que resolvem quase tudoPor que o tudo quase sempre é nadaE quase nada é muitoPra quem sobrevive das circunstâncias do dia a dia Tudo tão artificialBomba de oxigênio, ar condicionado,Dinheiro...





sábado, 4 de fevereiro de 2012

O grande feitiço de Machado

Tatiana AlvesHá autores cuja importância se restringe à época em que viveram. Durante a vida, são renomados e reconhecidos em seu meio, mas vão sendo esquecidos com o passar do tempo; escritores dos quais gerações posteriores sequer ouviram falar. Há outros, ao contrário, que só parecem ter seu...