Carolina Benazzato
Onze e quarenta e cinco, anunciava o relógio. Anoitecera, embora ninguém tenha se preocupado em acender as luzes. Talvez em nome da agradável penumbra avermelhada no quarto, traçada a partir do abajur do contista; talvez pelo destaque que o escuro possibilitava ao som do piano vindo daquele mesmo cômodo. Um dó, um ré, um mi. Um fá. Um sol, ao fim da luz vermelha, e na primeira margem da folha vazia. Sentou-se na cadeira de madeira, recostando-se....