Em qualquer papel que se dobra,
A vida surge em dobro:
Na palavra do avesso.
E em cada avesso do verso,
A nova forma se abre:
Um diamante agarrado
No solitário-papel.
E assim a joia-obra
Em palavras se desdobra,
No estojo de tantas rimas
Onde o poeta as guarda.
É um artesão renitente
O poeta do origami:
A cada nova rasura,
Surge outra dobradura.
Fundem-se, então, os ofícios:
Ourives poeta artesão
Colhendo rascunhos, ranhuras,
Trazendo-os na palma da mão.
Que beleza! Tem a marca registrada dos versos da Tatiana... uma leveza, com musicalidade e harmonia. Já o conhecia e adorei reler.
ResponderExcluirQue beleza! Tem a marca registrada dos versos da Tatiana... uma leveza, com musicalidade e harmonia. Já o conhecia e adorei reler.
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