Trampolim. Poema de Maitê Rosa Alegretti


Trampolim





um amontoado de sonhos

aproxima-se

são rostos e amarras

desnudas


um vórtice

de palavras anônimas



as ultrapasso

& as sinto



envoltas em um

elástico trampolim

sem cordas



quedam e flutuam

& e com o pensamento

as estico


tentando criar algo

novo



um boneco de argila

repleto de ar


que sem aviso se vai

que sem aviso

não se deixa

entender


*

Comentários

  1. A gente lê e salta como se o instante fosse uma trampolim... Parabéns à poeta!

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