Então, ela foi reformada. Um velho instrumento que me foi dado quando eu tinha treze anos. Em função de alguns fatos, ela acabou não sendo descartada e por fim retornou a mim. Assim que tive dinheiro e vontade, decidi ressignificá-la totalmente. Foi preciso trocar de braço para que seu principal problema fosse corrigido. Porém, ele não foi jogado fora, pendurei-o na minha parede, símbolo de mim, como aquela escultura que representa eu e meus irmãos, antes de nascermos. Uma espécie de sinal de via-férrea, que, ao invés de avisar que aqui passa um trem, existe aqui um olhar terno e conciliador manifestado através dos power-chords que aprendo com meu sobrinho nas aulas de guitarra.
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