“A miséria
anatômica da ruga
De
todas as espécies sofredoras
Desespero
endêmico do inferno
O
horror dessa mecânica nefasta
Dessa
estranguladora lei que aperta
Todos
os agregados perecíveis
Dos apodrecimentos
musculares
À herança
miserável de micróbios
O cuspo
afrodisíaco das fêmeas
Cresce-lhe
a intracefálica tortura
A aspereza
orográfica do mundo
E o
turbilhão de tais fonemas acres
E à
palidez das fotosferas mortas
Com a
abundância de um gêiser deletério
Monstro
de escuridão e rutilância
Que o
sangue podre das carnificinas
Na câmara
promíscua do vitellus
Microorganismos
fúnebres pululam
Amo
meu pai na atômica desordem
Da luz
que não chegou a ser lampejo
O
choro da energia abandonada”.
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