A vontade que tenho é não deixar que nada escorra de você e se perca. Minha boca junta e engole o que você derrete para mim. Tiro as roupas temporárias de seu corpo e estico a língua para tudo recolher. Ao cravar os dentes em uma manga madura, alisando, tocando e chupando o grão de onde principia uma existência nova, imagino seus olhos presenciando eu comer a fruta, olhando ao mesmo tempo para seu corpo. Minha boca e minha língua absorvem com ímpeto o que escorre da superfície da manga descascada e da sua pele, sem receio de saber onde termina uma e começa outra.
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