Nesses dias em que não se pode sair, eu mexo ainda mais na minha casa, nos pequenos espaços, nos detalhes pouco visitados. Havia dias, já, que uma das lâmpadas da cozinha estava me incomodando, era uma velha lâmpada fluorescente, com seu pequeno e pesado reator, que estavam na casa há muitos anos, até antes de mim. E comigo ela permaneceu anos ainda, continuando no apartamento quando eu fui morar em outra cidade. Já queria trocá-la porque sua luz estava tênue, trêmula, fraca. Ao desmontar o sistema, retirar o reator e instalar a nova lâmpada, eletrônica, que precisa apenas de um simples conector, a luz ficou forte, decidida, decisiva. Rapidamente retirei de dentro do apartamento o que tinha ficado obsoleto e o ar da casa ficou leve, como se alguma coisa pesada, ultrapassada, fosse removida. Quanto mais minha casa está arrumada, consertada, modernizada, melhor eu compreendo o mundo e o mundo me compreende.
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