SONETO DO AMOR ERRANTE







Na busca pelo amor inabalável,
Percorro os descaminhos da História
A ver se algum erro imperdoável
Justifica tão triste trajetória.

Sou levada ao Romeu inconsolável
Frente a sua Julieta da memória.
Jaz eterna a donzela vulnerável,
Condenada à separação inglória.

Sigo, então, em busca de outros amantes
Que trouxessem a certeza do eterno:
Pedro e Inês, Heloísa e Abelardo,

Ou talvez os anônimos errantes
Que habitam os escombros do inferno,
Carregando do amor somente o fardo.

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