não
é o cuidado quem me corteja. [tens vocação ao desprezível.]
empesteio
a casa com o tumulto das nervuras. meu apelo é pela surra.
confinamento
de medos à beira do estrago.
ressignificado
à carne em gotas de expiação. [cada qual com sua sina. aceita-te difuso.]
infame
missionário a extinguir profecias.
abatedouro
de fossas sem fim.
piedade
que alimento na asfixia. [engula o choro. vezo de maturidade além-túmulo.]
dádiva
de espasmos para saciar a besta. latir é o solstício de deus algum.
[perturbo-te
em unções.]
clandestino
dentro da própria casca onde o apogeu é a cicatriz.
[motive-se
no desígnio da ingratidão.]
séquito
de miragens avassalando os porres. arranho feridas.
o
auxílio chega em ritos de utopia. [afunde tormentas no insulto.]
especulam-se
nas minhas neuras o monstro ressentido.
reprimo
o estouro para compensar em agrados. [renuncie o perdão.]
ovaciono
a insignificância na dissociação dos caminhos. subverto lembranças.
senciente
feito uma esponja de hecatombes. [absorva quem desistiu.]
renego
a benzedura que me cala em vazios.
limito-me
ao testemunhar a passeata dos desfiladeiros. parcimônia para o distúrbio.
metástase
de um grito sucateado. [caroços acarinham a pele.]
nasceu
no peito para morrer nos olhos. relicário de bordoadas.
não
me perdoo pela mansidão extinguida. [possibilita abusos quando indistinto ao
céu.]
recai
sobre meus ombros a diacrônica cruz das apelações.
virgem
alguma me pariu em alforria. [decore orações para festejar o luto.]
tenho
suportado apatias com as lágrimas rasgando o silêncio.
ascendo-me pútrida estrela na vigília das exclusões. réquiem à liberdade.
margeado
de cultivos que não souberam bajular tolerâncias.
quinquilharia
sujeita às regras dum espelho esnobe. [sorria para a arrogância.]
quero
me julgar por entre os estiletes da insolência.
estou
contido na diminuta abstração dum inóspito trânsito. [vagueie no escárnio.]
usura
do infinito ao desvelo.
minha
carência é de infernos.
Imagem: Hans Printz |
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