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terça-feira, 1 de novembro de 2016

teus olhos teogônicos

prosélito | às
suas vindimas
redimo
meus tragos

combustam vésperas
nos teus olhos teogônicos | a
transitória herança
verte num cisco | relicário
do aporte

inevitável
transbordar em ti
sem nunca
deificar
o arremate

és-me
pândego
tumulto | hipnótica
cerração
do alvorejar

sumone princípios
na demora amanhada | ofusca-me
o rito
se não te anuncio

em intervalos
de estrondos
um cosmo
de minúcia
.:.
|respiro-te|

atravessa-me
o berro
muito além dos espaços | entorpeço
a língua
no seu dorso
de esperas

não há
lonjura
que resista
ao seu cultivo | sublimo-te

amo
o desalinho
das suas mortes | exalte-nos
incisões

condeno-me
irrestrito
ao êxtase | suspiro
alçar
os sutras
da sua nudez

tatear pelos intervalos
o arrepio
de uma contínua
bonança | ser-te
o propósito.


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Bruno Bossolan
Nasci em 25 de junho de 1988 e resido em Capivari, interior de SP. Sou Cronista e Redator do Jornal O Semanário. [www.osemanario.com.br] Autor dos Livros: N(ó)stálgico (Poesias, 2011 - Paco Editorial) - Barbáriderna (Poesias, 2012 - Editora Penalux), com participação também em mais de 10 antologias poéticas. Autor da Peça Teatral “Destroços do Martírio” (apresentada no Mapa Cultural de SP na cidade de Porto Feliz – 2008/2009).
todo dia 01


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