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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

NOITE VULPINA











Sol e Lua entrelaçados,
Delírios de embriaguez.
As entranhas se revolvem
Numa fome implacável.
O estômago pode ser enganado,
Mas a alma, não.
Ela é esperta, astuta, raposa,
Com contornos que se redefinem ao luar.
Estão verdes, ela grita;
Deseja as uvas mais do que a vida.
Raposa grávida de luar,
Prenhe de insensatez.

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Tatiana Alves
Tatiana Alves é poeta, contista e ensaísta. Participou de diversos concursos literários, tendo obtido vários prêmios. É colaboradora da Revista Samizdat, já tendo escrito para os sites Anjos de Prata, Cronópios, Germina Literatura e Escritoras Suicidas. É filiada à APPERJ, à Academia Cachoeirense de Letras e à AEILIJ. Possui nove livros publicados. É Doutora em Letras e leciona Língua Portuguesa e Literatura no CEFET / RJ.

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