Espinho metido a flor
Mordomo rendido ao frevo
Saudade da tal vanguarda
E o desejo de presença
Mesmo do que não há
Daquilo que nem pode ser
Quando me meto num poema
Dentro, bem dentro dele
Pelejo esquecer a reta
Nenhum verso me espanta
Toda loucura me agiganta
Palavra polvo se alçando
Abraço que me sufoca
E assim é que me liberta
Efeito pólvora poética
Viés de muitas marés
Múltiplo encontro e por isso único
Oceânico
Um quê que me ousa outra
Um eu que nem sempre houve
Mas tem tudo a ver comigo
Metamórfico
Maria Amélia Elói
Tela "Fundo do Mar", série Universo Imaginário, do artista plástico André Cerino.
3 comentários:
para ti, a poesia é crônica... e atua crônica poesia! Beleza crônica! Parabéns pela criação!!!
Obrigada!
Obrigada!
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