mochileira –
amor
bem-aventurados os que encontram a morte
e nas doces chagas veneram vidas breves
amor amor amor e glória amém
amanheceu amantes morrem cedo
a selva assume a forma de um bezerro
o erro afasta o afoito a fim de tê-lo
alguém chame por ele antes que venha
tarde amor que não vem outro desterro
alguém alguém alguém que não tem zelo
azedo azedo azedo a glória andén
***
fade out, protagonista –
nostalgia
esta não é uma casa para ser coerente
filho sequer imprevisível ou atraente
não há tempo
só não entendo
por que as coisas ainda necessitam das mãos
por que a gravidade não arremeda o peso
por que flutuamos sobre nossos pressupostos
como sobre nuvens
e
como nos sonhos
na realidade não caímos
o real é surreal e não acordamos
a existência de uma realidade
a noção de realidade
absurdos
e mesmo assim cá estamos
***
nuvem –
blogosfera
criamos infernos e paraísos
neles jogamos zilhões de absurdos
pequeninas constelações ou mandantes
resto de comida aos políticos
cães paraísos
criamos bíblias impressionáveis
invisíveis histórias o de às musas
cultas de linhagens conde corarem
nadas paraísos
gostamos de comer en sacados
quanto alimento
vivo com sabor
está em nossa natureza artificial
como um destino paraíso
sermos bondosos com o inimigo que nutre
e machucarmos quem amamos nossos úteros
a ocasião faz o caráter e seus filhos
sim pois somos zilhões e o mundo
estamos certos des pirando
cremos certo por filhas
linhas muito muito por ele
tortas educadas
ressaca moral de zilênios mercantes
mortes paraísos
como lâmpadas que apagam empregos
vidas como sacrifícios humanos
para o sol das 8 às 8
em escalas do tempo e o trânsito
frequências talvez eternas eterno
***
protagonista –
reencontro
luther, a cada dia o sol se joga
em direção à noite sem saber
se volta expõe-se ao flanco como quem
se arrisca como se o flanco tomasse
do sol à força aquilo que ali vive
aquilo que suicida como se
a estrela rompesse essa lateral
com uma labareda no horizonte
em queda livre além do seu calor
além de si mesma e se alimentasse
de sua própria chama agarrando a noite
com as mãos sujas de luz e coerência
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Poemas - Fabio Riggi
por Rafael F. Carvalho
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