Penso que o Natal nos abre perspectivas de viver a vida plena. De repente, a gente se vê praticando solidariedade, irmanados em boas ações, desejando votos de paz e alegria, agindo como Deus aconselha... Acredito que, justo no Natal, algumas cenas impensadas em outros tempos teimam em acontecer, por exemplo:
— O pai que havia abandonado o lar há anos de repente volta a casa para abraçar a esposa e os filhos;
— A mulher infértil recebe um filho em adoção;
— O colega mais mal-humorado da empresa abre um sorriso;
— O marido se oferece para lavar toda a louça suja do almoço;
— A esposa resolve vestir aquela camisola vermelha;
— O adolescente chatinho aceita receber um abraço da mãe;
— O menino carente recebe uma bicicleta de algum Papai Noel inesperado;
— O artista plástico vê seu trabalho reconhecido por público e crítica;
— O professor de Matemática recebe um muito obrigado do aluno que o atormentou durante todo o ano letivo;
— O escritor recebe um elogio de um leitor que efetivamente leu seu livro;
— O pároco recebe uma casula nova de presente dos fiéis;
— A empregada doméstica acerta no tempero do chester;
— A unha do dedão não encrava;
— O serviço de marcenaria na casa é terminado dentro do prazo e a contento;
— O filho mais novo encontra emprego em sua área de atuação;
— O trânsito flui livremente no horário da volta pra casa;
— Todos os membros da família jantam unidos, à mesa — com TVs, celulares, computadores e todos os outros trecos eletrônicos desligados — e conseguem papear sobre tudo, tudinho, sem briga;
— Os amigos do Facebook resolvem se reunir para celebrar um Natal de carne e osso.
Cada um certamente imagina sua própria cena natalina ideal, a realização de um sonho dentro de casa, na carreira, nas finanças, no casamento, na saúde... Cada um quer montar, com criatividade, um presépio dentro de casa e autenticá-lo à imagem e semelhança do presépio original. E você? Também acredita que todos os desejos são passíveis de realização no Natal?
Maria Amélia Elói
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