NAUFRÁGIO


NAUFRÁGIO
 

Sob a chuva
              fina,
um desenho
              a giz
na calçada
reproduz a linha
              da vida. 

A torrente
               d’água
carrega
um barquinho
               de papel 

(que afunda,
               em silêncio).

A mão trêmula
(e não a chuva)
apaga
os riscos tortos. 
   
     
Edelson Nagues

Comentários

  1. Há poemas assim, que penetram na gente da maneira mais suave e depois chacoalha tudo lá dentro, toma posse do que é sentimento em nós. Lindo, lindo, Edelson!

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  2. Mto obrigado, Março Aurélio. Que bom que esse poema falou fundo com vc. Abraço.

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