Receba Samizdat em seu e-mail

Delivered by FeedBurner

quinta-feira, 2 de julho de 2015

MITOLÓGICAS







Quando o Poeta chora,
Trata-se de um chamado.
A Poesia o devora,
Prometeu dilacerado.

E até o raiar da aurora,
Prossegue esse quase suplício:
A Poesia o deflora,
Ele a sorve qual num vício.

Nesse porto de chegada,
Ele, então, enfim, ancora.
Olha a palavra acabada,
Sua rima o revigora.

Entretanto, que castigo:
Outro verso já aflora.
O Poeta traz consigo
Uma caixa de Pandora.

Share


Tatiana Alves
Tatiana Alves é poeta, contista e ensaísta. Participou de diversos concursos literários, tendo obtido vários prêmios. É colaboradora da Revista Samizdat, já tendo escrito para os sites Anjos de Prata, Cronópios, Germina Literatura e Escritoras Suicidas. É filiada à APPERJ, à Academia Cachoeirense de Letras e à AEILIJ. Possui nove livros publicados. É Doutora em Letras e leciona Língua Portuguesa e Literatura no CEFET / RJ.

todo dia 02