O poeta é um criminoso,
Delinquente menestrel.
Assume o tom mais choroso
E desagua no papel.
Mesmo aquele que é cioso
Não terá jamais perdão.
Pega o bem mais valioso
Para usar em sedução.
Usa do tom mais fecundo
Pra falar de desenganos.
Com seu verso mais profundo,
Torna-nos todos insanos.
Este reles vagabundo
Peregrina pelas ruas,
Recolhe as dores do mundo
E as toma como suas.
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